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O milagre da Maria Antónia seguido da Mega Coisa Monumental Sem Nome

O milagre da Maria Antónia seguido da Mega Coisa Monumental Sem Nome

Germano Oliveira

Editor online

Às vezes um milagre não precisa de ser um acontecimento complexo como Moisés abrir ao meio o Mar Vermelho para os hebreus passarem, nem sequer tem de implicar a habilidade invejável que o filho de Deus tinha de transformar água em vinho, ainda que isso desse muito jeito no atual estado de emergência quando acaba o álcool em casa e já passa das 20h, às vezes um milagre não tem nada de bíblico mas só de terreno e implica apenas uma ligação à internet para lhe aceder: está AQUI, são três histórias mas comece pela última, é sobre a Maria Antónia, 94 anos, contraiu covid-19 no lar onde reside, ela e mais 37 entre 60 pessoas tiveram o vírus, sete morreram e a Maria Antónia não: esteve assintomática, está curada e bem viva mas não vive devidamente porque viver bem é viver como se quer e ela não pode nem pôde, fez quarentena atrás de quarentena dentro do seu quarto, “quando é que eu saio daqui?”, perguntou à filha, a Maria Antónia não queria sair do lar queria é sair do quarto, milagre é saber exatamente o que se quer, grande Maria Antónia, já foi vacinada, 444.730 pessoas em Portugal (4,4% da população) tomaram uma dose da vacina até esta terça-feira e 249.566 mais a Maria Antónia tomaram as duas, foi ontem mesmo que ela o fez, deve ter-lhe parecido um milagre esta vacina criada em tempo recorde para um tempo que vamos recordar tanto, “os modelos mais conservadores indicam que a imunidade de grupo se atinge quando 7 em cada 10 pessoas estiverem vacinadas, o objetivo europeu é chegar ao fim do verão com 70% dos adultos imunizados, ou seja, com as duas doses da vacina tomadas”, vai parecer um milagre também se no fim do verão português estivermos nesses 70% mas por agora o confinamento começou a produzir o milagre da esperança - o surto está a recuar, o boletim de ontem da Direção-Geral da Saúde “regista 63 óbitos e 1032 novos casos de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas, é o segundo dia com menos óbitos do ano, quanto aos novos casos é o segundo valor mais baixo de casos dos últimos quatro meses e meio”, perante isto convém saber se vai ser cometido algum pecado de precipitação para acelerar o desconfinamento e sobre isso soube-se ontem que “na primeira ronda de audiências em Belém o Presidente da República anunciou que o decreto sobre o novo estado de emergência será igual ao da última quinzena e que a Iniciativa Liberal, o Chega, o PEV, o PAN, o CDS-PP e o PCP insistiram contudo na necessidade de o Governo começar a preparar desde já o desconfinamento”, mas também se soube que pelas 18h de ontem foram “levantadas as restrições à circulação de pessoas no paredão entre Cascais e Carcavelos e noutras zonas públicas do concelho, incluindo parques, jardins e praias, e que as pessoas podem circular - com regras - mas não podem estender a toalha” na areia, ora muito bem e agora algo que não se sabe bem: “há atualmente provas insuficientes para isentar de quarentena ou testes” quem já foi vacinado, diz Maroš Šefčovič, vice-presidente da Comissão Europeia para as Relações Interinstitucionais, isto a propósito da criação de um certificado de vacinação da covid-19 que alguns países esperam que possa ser usado para facilitar viagens, começou a luta pelo milagre da ressurreição do turismo, vamos ver como corre esse milagre porque o milagre da distribuição vai mal, “UE pode receber menos de metade das vacinas da AstraZeneca previstas no segundo trimestre”, diz o Expresso e eu agora deixo-lhe o meu milagre favorito - a bondade de fazer tudo pelos nossos, mesmo que o final não seja perfeito: “Em agosto do ano passado, a filha de Maria Antónia conseguiu realizar um pequeno sonho, mesmo com todas as restrições da pandemia. ‘Todos os verões costumávamos ir à terra da minha mãe, Pedrógão Pequeno, ver a procissão e as festas da Nossa Senhora da Confiança. E ela via as amigas que ainda restam. Quando numa altura a ouvi tão desanimada, eu disse-lhe que a levava à festa de Pedrógão Pequeno.’ A filha não a conseguiu levar à festa porque todas as festas ficaram proibidas no ano passado. Mas a filha de Maria Antónia conseguiu autorização da Direção-Geral da Saúde para levar a mãe a Pedrógão Pequeno e passar uns dias com a família. ‘Ela adorou, adorámos todos. Mas quando voltou teve novamente de ficar fechada no quarto em quarentena.’”.

OUTRAS NOTÍCIAS
. No próximo sábado há encontro de 17 autarcas independentes: Reunião de emergência com ultimato à vista: autarcas independentes ameaçam criar “partido de âmbito nacional de ideologia municipalista”;

. Sugiro que vá AQUI para ter banda sonora apropriada para estas três notícias: A TAP “vai ter de mudar de vida”, avisa Miguel Frasquilho. E garante: a massa salarial não vai voltar a aumentar para os níveis de 2019 e TAP: Manutenção dos aviões deixará de ser feita no Brasil a partir do final de 2021, avança Frasquilho e ainda A “TAP não pode esperar mais” para aplicar os cortes, diz Frasquilho. Resposta de Bruxelas só depois de março;

. “Uma história de violência sobre a comunidade LGBTQI mas também sobre toda a humanidade”: Pedro Abrunhosa recorda Gisberta 15 anos depois;

. Despistou-se sozinho: Tiger Woods sofre violento acidente de viação em Los Angeles. Golfista está a ser “operado”;

. Está em curso “uma reformulação radical”: O teletrabalho já está a fazer ‘estragos’ no mercado dos escritórios;

. Conclusões preliminares: Inquérito sobre falha do motor do Boeing 777 aponta para “desgaste do metal”;

. ❤️: “Dare mighty things”: a mensagem codificada que os internautas acreditam ter decifrado no paraquedas do Perseverance;

. E por que motivo é que isto não aconteceu? Toda a história na Tribuna Expresso: Benfica ponderou comprar o Charlton e o Almería;

. Atenção a isto: Malásia aceitou entregar a Myamar 1086 cidadãos que tinham fugido depois de os militares organizaram o golpe de Estado de 1 de fevereiro;

. E atenção também a isto: Ministro português da Defesa batalha por um “consenso abrangente” para a reforma das Forças Armadas. Oposição lembra “erros” e não passa “cheque em branco”;

. Não perca esta entrevista: “Os maus-tratos policiais em Portugal são uma preocupação séria”, diz membro do Comité Europeu para a Prevenção da Tortura;

. Ouça, é bom e aprende-se: Podcast Expresso da Manhã: O que fazer com 12 milhões de euros por dia? Mudar de atitude, diz José Gomes Ferreira;

. Um conselho: considere isto AQUI.

EUROPA E PRESIDÊNCIA PORTUGUESA
Bruxelas quer uma maior proteção para o mercado único em situações de crise para que não se repitam as perturbações na circulação no espaço comunitário vividas desde que surgiu a pandemia - Ursula von der Leyen adiantou ontem que a Comissão Europeia vai criar um instrumento de emergência que previna o surgimento dos problemas vistos recentemente. “Formaram-se filas de camiões nas nossas fronteiras internas, foram proibidas ou restringidas exportações de produtos vitais de um Estado-membro para o outro e trabalhadores transfronteiriços viram-se por vezes retidos. Isto nunca mais pode voltar a acontecer”, disse a presidente da Comissão Europeia. Não se conhecem os contornos do que está a ser preparado mas o princípio subjacente é o de abrandar a propagação do vírus sem danificar a economia.

Entretanto prossegue o debate sobre a criação ou não de um certificado de vacinação contra a covid-19, tema já abordado no arranque deste Expresso Curto. Esta quinta-feira há reunião do Conselho Europeu para os líderes dos Estados-membros discutirem o tema mas nada deve acontecer tão cedo. Bruxelas sublinha que não há dados suficientes que permitam isentar de quarentena ou da realização de testes quem viajar com uma prova de vacinação - o entendimento pode evoluir mas por ora só há consenso para a criação de um certificado para fins médicos que possa ser reconhecido em todo o espaço comunitário.

FRASES
“O que me perturba é ver que o discurso radical, populista, extremista, repleto de ódio, de vingança e de primarismo penetra cada vez mais em áreas políticas que eram moderadas e têm responsabilidade, e que desse modo se acentuem reações idênticas de polos opostos. Quem escreve, fala e pensa assim representará 10% à Direita e 15% à Esquerda (e acredito mesmo que muitos desses que apoiam os radicais não se reveem neste tipo de atuação). É muito. Mas 75% dos portugueses não se reveem em nada disto e até acredito que fiquem horrorizados. Infelizmente, a generalidade dos dirigentes partidários e dos intelectuais de cada lado costuma ser rápida e eficaz a reagir aos radicalismos que veem ao longe e receiam criticar os da porta ao lado. Com essa cobardia e pusilanimidade generalizadas estamos a deixar que se possa repetir a tragédia da República de Weimar (e de tantas outras…), que terminou às mãos de Hitler, o nazi, como poderia ter terminado às mãos de Rosa Luxemburgo, a comunista, se fosse aquele e não esta a ser assassinado.” José Miguel Júdice no Expresso

“Chegados a 2021, o PS e o PSD apresentaram em conjunto um voto de pesar por Marcelino da Mata. Passou algum tempo sobre a determinação de Mário Soares e o gesto de Sá Carneiro contra a guerra colonial, mas não tanto que possam ser esquecidos – ora, foi isso que os seus partidos fizeram. E fizeram-no de forma abjeta: o texto da homenagem ao comando que combateu na Guiné usa três argumentos notáveis, que nunca foi ferido, que teve muitas medalhas e que assinou o telegrama dos oficiais spinolistas contestando o Congresso dos Combatentes do Ultramar em 1973, este para simular um laivo de antifascismo. Para descer mais baixo, só faltaria explicitar o argumento displicente de muitos dos defensores da medalhação de Mata, o de que, tendo sido um criminoso de guerra, o que foi aliás confessado pelo próprio com gosto, teria sido também um herói. Sobre o mérito, Mário Cláudio, que foi ao tempo jurista no quartel-general de Bissau, conta que instruiu diversos processos-crime contra Mata ‘pelo comportamento ilícito, e por vezes atrozmente delitual’, ou ‘de extrema gravidade’, e que estes terminaram sempre em arquivamento sumário ‘por ordem superior sem rosto’, o que diz tudo. Talvez não imaginasse é que o PS e o PSD se juntam hoje para continuar a proceder a esse arquivamento sumário.” Francisco Louçã no Expresso

O QUE EU ANDO A LER
Eu não tenho propriamente uma porta de casa, na verdade é um portal para o comportamento humano mas primeiro tenho de elaborar um pouco sobre construção civil antes de fazer uma construção emocional, portanto: em vez de madeira ou assim a porta é um vidro enorme que é também um vidro com dupla personalidade, se houver uma luz ligada dentro de casa quem está de fora vê tudo para dentro mas se não houver então o vidro reflete quem olha para ele, como não ligo a luz enquanto há sol a porta é pois um espelho durante o dia e fica depois transparente durante a noite porque tenho os meus candeeiros a funcionar - mas quem está na casa vê sempre tudo para fora, ou seja: o empreiteiro manipulou a exposição da luz e deixou-me como consequência a exposição das pessoas, às vezes a minha vizinha-estudante e o amigo dela penteiam-se de manhã em frente à minha porta que serve de espelho à vaidade deles antes de irem para a universidade, eu em pé dentro de casa a olhá-los e eles em pé à minha porta sem saber que me olham, só têm olhos para eles, é assim a juventude, apetece-me ligar a luz para que fique transparente lá fora só para eles se assustarem com a minha cara de velho cá dentro, essa minha vizinha disse no outro dia a propósito de um romance escaldante entre uma amiga dela com um homem “que nojo, ele é tão velho, tem 38 anos”, achei curioso porque é a minha idade e às vezes não precisamos de um espelho para descobrir como nos veem, já ouvi a minha vizinha e o amigo dela a perguntarem-se numa das suas exibições diante da minha porta-espelho se alguém os estaria a ver dentro da minha casa, pois olá, Germano Oliveira ao vosso dispor, torno o mundo opaco ou transparente com um interruptor - o meu vidro podia ser um quadro surrealista do Magritte, ceci n’est pas une porte, mas continuando: eu vivo no rés do chão, não do pensamento mas de um pátio lisboeta que tem casinhas perfeitas arranjadas para o Airbnb e ainda casinhas minúsculas para o habitante de Lisboa que fica sem Air com o dinheiro que paga por metro quadrado, à noite já ninguém se vem pentear à minha porta que deixa de parecer um espelho e que se transforma numa via rápida para a minha intimidade doméstica, vê-se tudo de fora para dentro porque além de alto o vidro é largo e a casa curta, que a curiosidade da vizinhança entre à velocidade que quiser, não há radares para multar a indiscrição sejam então bem-vindos a mim; mesmo que não queiram os meus vizinhos têm de olhar para dentro de onde vivo que é uma maneira de olhar para a maneira como vivo, a minha casa está virada de frente para a porta de entrada do pátio por isso não há como me fugir, mas há um vizinho que nunca esteve na minha via rápida porque ele só circula de dia e por isso só sabe que eu tenho um espelho a fazer de porta, é o Senhor António, 86 anos quando o conheci suponho que 88 agora, não sei o apelido dele nem preciso, Senhor António é bonito e eficaz, e é Senhor com S grande como o Senhor lá dos céus porque o meu Senhor cá do pátio é grande também, um metro e oitenta, dizia que não preciso do apelido dele porque basta um homem ser um Senhor para eu estar de bem com ele, já o vi chorar, é um Senhor mesmo, conheci-o primeiro que ele a mim porque sendo de dia ele tinha um espelho entre nós mas não se veio pentear nem sequer olhou, as preocupações dele são mais urgentes que a vaidade, o Senhor António tem problemas de locomoção, usa um andarilho, são afinal 88 anos na locomotiva da vida, abri a minha porta para me apresentar mas também para resolver uma inquietação jornalística, o Senhor António tinha o “Correio da Manhã” debaixo do braço, eu para ele “compre o Expresso, é melhor”, ele para mim “então você é o vizinho novo”, sou sim, era 2019, dias depois a mulher dele, 86 anos quando a conheci suponho que 88 agora, a mulher dele bate-me à porta, ela para mim “ajude-me”, eu para ela “que se passa?”, o Senhor António tinha caído e não se conseguia levantar, entro na casa deles, é colada à minha, um metro e oitenta de peito no chão e costas viradas para o teto, a mulher chora ele chora eu quero chorar, viro-o de lado, INEM, hospital, no dia a seguir o Senhor António regressa a casa e no dia a seguir a esse ele vem agradecer-me e conta-me uma história que é esta: diz-me que morou na minha casa até aos 17 anos, ele e a família inteira, são 32 metros quadrados que mal servem para um solteiro mas que serviram a união daquela família, que admirável toda a gente que fica unida nas condições mais impossíveis, mas retomando: o Senhor António morou na minha casa até aos 17 anos, saiu daqui para a casa exatamente ao lado desta porque se tinha apaixonado por uma mulher da idade dele, tiveram de prenda de casamento mais metros quadrados para o amor deles, foi assim que o Senhor António se tornou para sempre vizinho da sua própria juventude, a mulher por quem ele se apaixonou e com quem se casou é a mesma que me veio bater à porta, ela nasceu em Gaia como eu, já perdeu o sotaque mas ganhou uma história de 71 anos na mesma casa no mesmo casamento com o mesmo homem, que campeões do amor ou do que for, na verdade já não deve ser amor mas pós-amor ou melhor-que-amor, eu não creio no amor para sempre mas creio que alguns eleitos experimentam algo além dele, acredito que gente que fica 71 anos no mesmo sítio com a mesma pessoa na mesma vida deve atingir um sentimento sem nome que deve ser maior que o amor e as coisas todas, vou nomear este sentimento Mega Coisa Monumental Sem Nome, amém, admiro-os tanto e vejo-os tão pouco, na verdade vejo-os nada, há meses que eles estão fechados porque o vírus é perigoso para todos mas ainda mais para eles, a porta deles infelizmente é de madeira ou assim em vez de ser um quadro de Magritte como a minha, eles não têm um interruptor surrealista para que eu posso ver como está a Mega Coisa Monumental Sem Nome, sei que o Senhor António voltou a cair em casa e fraturou um osso, a casa deles teve de enfrentar uma inundação há duas semanas porque o nosso pátio é como Lisboa inteira, basta uma chuvinha para fazer danos de dilúvio, já fizeram obras no pátio para que não volte a acontecer mas continuamos todos sem saber quando os vamos ver, estamos é todos inundados também, inundados de cansaço e de solidão e até de desespero com este confinamento, basta uma chuvinha de saudade e vem um dilúvio de emoções, “Cansados estamos todos, eu sei. Cansados de lutar. Cansados de resistir. Cansados de prender em vez de aprender. A primavera vai chegar, mas temos de acreditar nela. A luta vale sempre a pena por si mesma. O amor vale sempre a pena por si mesmo. Amar é o processo e o resultado. A morte vai vir para todos e o que de nós fica nos outros é esse amor que lhes demos. Amar é viver. Amar sem mentira é viver sem sofrer. No amor, não interessa tanto o que conseguimos como o que somos. E é por isso que eu o amo. E é por isso que vos amo. Amor universal”, isto é do Marcos Cruz, ele tem um livro, “Os Pés Pelas Mãos”, são dezenas de crónicas que começaram no Facebook e acabaram numa impressora e depois nas livrarias, é o que eu ando a ler, o Facebook dele vai dar livro novo de certeza porque o Marcos continua a escrever com beleza, ultimamente é sobre o amor (“Desde que comecei a escrever posts sobre o amor, o amor que nos faz falta, a minha caixa de mensagens foi inundada, ou imundada, já não sei como dizê-lo, de propostas sexuais por mulheres que não conheço de lado nenhum. Esta confusão é de si mesma muito significativa do mundo em que estamos”), não pares, Marcos, estou a escrever isto enquanto olho para o meu vidro, ceci n'est pas une porte, quero ver outra vez o Senhor António e a Senhora dele a abrirem a porta do pátio em direção à minha porta-espelho a refletir o regresso deles, e sim, tenho medo que ambos me morram fechados ao meu lado, eles deviam era estar em digressão a dar workshops sobre como se começa no amor e se acaba na Mega Coisa Monumental Sem Nome, já houve morte aqui no pátio que desfez um casal como eles, mas com tudo isto constato que os meus vizinhos de 88 anos são também a representação de algo maior, ceci n’est pas un homme et une femme: a luz da existência deles juntos deixa tão transparente que não fomos feitos nem para viver nem para morrer sozinhos - e no dia em que os candeeiros de ambos se apagarem que o reflexo da vida deles nos motive e encoraje a todos, leiam o Marcos e arrisquem: “o motor da criação é o risco e não há risco mais criativo na vida do que o amor”.

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