Inquérito sobre falha do motor do Boeing 777 aponta para “desgaste do metal”
HAYDEN SMITH/@speedbird5280
O incidente, sem qualquer ferido a registar, ocorreu este sábado, quando um dos motores de um Boeing 777 explodiu, projetando peças que caíram sobre uma zona residencial nos subúrbios de Denver
Uma investigação está atualmente a decorrer para apurar as causas que levaram à explosão de um dos motores do Boeing 777, que fez com que várias peças caíssem este sábado sobre uma zona residencial de Denver. Os primeiros dados do inquérito que estão a analisar o que falhou durante o voo 328 da companhia United Airlines, que se deslocava do Colorado para o Havai, apontam para “desgaste do metal”, escreve a CNN.
A investigação pode levar um ano, admitem as autoridades, mas as conclusões preliminares indicam que a explosão do motor foi “consistente com o desgaste do metal”, de acordo com informações do National Transportation Safety Board (NTSB) que está a analisar o acidente que não provocou qualquer ferido.
Os 231 passageiros que seguiam a bordo e os dez elementos da tripulação acabariam por aterrar em segurança, numa operação de emergência preparada no aeroporto de onde o avião tinha acabado de partir.
Pouco depois da descolagem e já perto de atingir a velocidade de cruzeiro, sentiu-se uma forte explosão a bordo e alguns dos passageiros captaram imagens de um incêndio num dos motores laterais da aeronave. Uma das pás do motor direito soltou-se e terá atingido outra que estava partida, revelaram os investigadores.
Os passageiros que seguiam a bordo puderam ver o motor incendiar-se em pleno ar. “A minha filha estava sentada à janela e eu só lhe dizia: ‘não olhes, vamos fechar os olhos e rezar’”, conta Brenda Dohn à CNN.
Em terra, Kieran Cain estava a jogar basquetebol com os filhos junto a uma escola de Denver, durante a tarde de sábado, quando ouviu um estrondo e ergueu os olhos. “Havia uma nuvem negra gigante de fumo no céu imediatamente seguida por uma chuva de pedaços do avião”, relata.
O fabricante norte-americano Boeing recomendou esta segunda-feira a imobilização de 128 aviões do modelo 777 que se encontram em serviço ou armazenados.
“Enquanto a investigação [das autoridades] está em curso, recomendamos suspender as operações dos 69 aviões 777 em serviço e dos 59 em armazém com motores Pratt & Whitney 4000-112”, disse a empresa em comunicado.