Miguel Frasquilho, o presidente do Conselho de Administração da TAP, anunciou hoje em audição no Parlamento que a manutenção de aeronaves da companhia deixará ser feita no Brasil a partir do final deste ano, independentemente do que venha a acontecer à M&E Brasil, empresa de manutenção e engenharia, que se encontra à venda. A M&E Brasil, antiga VEM, tem sido uma operação historicamente deficitária com centenas milhões de euros de prejuízos, e que no último trimestre de 2019 estava com resultados operacionais positivos.
“Estamos a ver que propostas aparecem, mas independentemente do que possa acontecer à TAP M&E Brasil, o plano [de reestruturação] já não prevê a realização da atividade de manutenção de aeronaves da TAP no Brasil a partir do final deste ano”, avançou Miguel Frasquilho, que está a ser ouvido pela comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito dos requerimentos apresentados pelo PSD e pela Iniciativa Liberal. A partir de 2022 a manutenção dos aviões da TAP será feita em Portugal.
Em dezembro, lembra a Lusa, por ocasião da entrega do plano de reestruturação da transportadora aérea portuguesa à Comissão Europeia, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse que se pretendia vender a M&E Brasil, mas que o Governo ia aguardar por um momento mais favorável no mercado.
“Sabemos que a M&E Brasil não é uma empresa com a qual queiramos ficar”, garantiu Pedro Nuno Santos. “Não temos ganho, mas é um trabalho que se vai fazer. A ME Brasil é uma empresa para ser vendida”, acrescentou então o governante.
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