O último ano foi cruel para Dave Grohl, o homem que há quase 30 anos nos habituámos a ver como timoneiro dos Foo Fighters. Em março do ano passado, o músico de 54 anos perdeu um dos seus melhores amigos - Taylor Hawkins, a quem na sua autobiografia “The Storyteller - Histórias de Vida e de Música” se refere como uma espécie de alma gémea, morreu subitamente quando os Foo Fighters estavam em digressão em Bogotá, na Colômbia. De um dia para o outro, uma das últimas grandes bandas rock em atividade ficou sem o seu baterista - e o seu segundo membro mais reconhecível e carismático -, e Dave Grohl perdia mais uma peça vital da sua história pessoal. Depois da morte de Kurt Cobain, lendário vocalista dos Nirvana, banda na qual Grohl ocupou o lugar de baterista de "Nevermind” em diante, eis que a tragédia voltava a cruzar-se no caminho do multi-instrumentista. Como irá o homem “acusado” de ser a pessoa mais fixe do rock reagir?, perguntaram-se fãs e curiosos. Sem surpresa, o norte-americano reagiu como sabe: com muito trabalho. Depois de alguns meses de silêncio, montou dois grandes espetáculos de homenagem a Taylow Hawkins, no Estádio de Wembley, em Londres, e em Los Angeles, nos Estados Unidos. Mentor e protagonista desses concertos, no qual tocou e cantou durante horas a fio, Dave Grohl reuniu numerosas estrelas do rock, de Paul McCartney a Lars Ulrich, em atuações repletas de virtuosismo e, acima de tudo, de emoção. A memória de Taylor Hawkins, representado em palco pelo filho, o também baterista Shane Hawkins, de 17 anos, foi honrada e o seu legado celebrado. Mas, no verão desse ano, sem que muitos soubessem, a perda voltaria a bater à porta de Dave Grohl.
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