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Festival Paredes de Coura celebra 30 anos com uma exposição em Lisboa

Bruno Rocha Ferreira, Nuno Lopes, João Carvalho, Benjamim e Samuel Úria
Bruno Rocha Ferreira, Nuno Lopes, João Carvalho, Benjamim e Samuel Úria
Casa Courense

O 30º aniversário do Festival de Paredes de Coura é celebrado até ao final de julho, na Casa Courense, em Lisboa, com uma exposição onde é possível ver fotos dos concertos que fazem a história do evento, mas também peças de ‘merchandising’, recortes de imprensa ou as contas da primeira edição do certame. O diretor do festival, João Carvalho, e os artistas Benjamim, Samuel Úria e Nuno Lopes marcaram presença na inauguração

Abriu este domingo ao público uma exposição sobre os 30 anos do Festival de Paredes de Coura. Na Casa Courense de Lisboa, no bairro de Campolide, pode ser visto um conjunto de fotos de várias edições do evento minhoto, contemplando concertos marcantes como os de Morrissey, Pulp, Janelle Monáe, Benjamin Clementine ou LCD Soundsystem. Além das imagens de espetáculos e do recinto da Praia Fluvial do Taboão, encontram-se nesta exposição vários recortes de imprensa, peças de merchandising e também documentos que ajudam a contar a história do festival, como as contas - minuciosamente manuscritas - da primeira edição do evento, em 1993. A ligação do festival ao concelho minhoto e o impacto no mesmo é outro dos ângulos de uma exposição que estará aberta ao público aos domingos, até 30 de julho.

As contas da primeira edição do evento, enquanto Festival de Música Moderna Portuguesa

Na inauguração, estiveram presentes João Carvalho, diretor do Vodafone Paredes de Coura, os músicos Benjamim e Samuel Úria, o ator Nuno Lopes, que atua com frequência em Paredes de Coura como DJ, e Bruno Rocha Ferreira, da Casa Courense, em Lisboa.

Sobre os frutos de criar um festival de música numa pequena localidade no Alto Minho, João Carvalho falou sobre a forma como o evento ajudou a colocar no mapa dos melómanos, e não só, um concelho que, hoje, tem cerca de nove mil habitantes. Este ano, Paredes de Coura fica ainda mais perto do resto do país, com a abertura, no passado mês de março, da aguardada ligação da A3 (autoestrada que liga o Porto a Valença) a Formariz, freguesia onde se realiza o festival. A nova via representará uma poupança de dez minutos na chegada a Paredes de Coura, mas poderá ter um efeito “psicológico”, acredita João Carvalho, que falou ainda na possibilidade de criar um parque de campismo de luxo e na eventual construção de um hotel na vila, para fazer face a uma reivindicação antiga: a de mais opções de alojamento no concelho, durante o festival.

Quanto ao cartaz deste ano, que terá The Walkmen, Tim Bernardes, Wilco ou Dry Cleaning entre os destaques, João Carvalho destacou a coerência da programação, admitindo que tentou contratar os regressados Pulp - banda que atuou em Paredes de Coura em 2011 -, mas que o grupo de Jarvis Cocker não irá atuar fora do Reino Unido este ano. O responsável máximo do festival salientou ainda que Paredes de Coura pretende ser um espaço de descoberta, recordando a atuação dos Coldplay na edição de 2000, naquele que foi o primeiro espetáculo em Portugal dos ingleses, que em maio darão quatro concertos no Estádio Municipal de Coimbra e a propósito dos quais a BLITZ apresenta a exposição de fotografia “Coldplay em Portugal” no Alma Shopping, em Coimbra.

A tarde terminou com pequenas atuações de Benjamim e Samuel Úria, que à guitarra acústica tocaram ‘Terra Firme’, do disco de Benjamim com Barnarby Keen, ou ‘A Contenção’, de Samuel Úria, que esta segunda-feira toca no Centro Cultural de Paredes de Coura, às 21h30.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: LIPereira@blitz.impresa.pt

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