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Sociedade

“Nunca pensei que fosse assim”: às vezes é preciso ver para se perceber “Um Desastre Humanitário” (capítulo X))

O Expresso tem publicado ao longo dos últimos dias um conjunto de artigos sobre aquilo a que os Médicos Sem Fronteiras chamaram “um novo desastre humanitário”: a Turquia, país com quase quatro milhões de refugiados, abriu as suas fronteiras e muitos desses refugiados começaram a passar - sobretudo rumo à Grécia, onde o Governo local chamou “invasão” ao que está a acontecer. Este é o capítulo X - trata-se sobretudo do relato visual de um acontecimento “desumano, insuportável, vergonhoso”

“Nunca pensei que fosse assim”: às vezes é preciso ver para se perceber “Um Desastre Humanitário” (capítulo X))

Marta Gonçalves

Coordenadora de Multimédia

Os desembarques

“Nunca pensei que fosse assim”: às vezes é preciso ver para se perceber “Um Desastre Humanitário” (capítulo X))
ARIS MESSINIS/ Getty Images
“Nunca pensei que fosse assim”: às vezes é preciso ver para se perceber “Um Desastre Humanitário” (capítulo X))
ARIS MESSINIS/ Getty Images
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As já sobrelotadas ilhas gregas ficaram ainda mais sobrelotadas: mais de mil pessoas conseguiram chegar a Lesbos, Samoa, Kos, Leros e Chios desde o dia em que a Turquia anunciou que já não iria impedir refugiados e migrantes de tentarem atravessar até à Europa. Foi há duas semanas. Naquelas que são os cinco principais pontos de chegada de quem tenta entrar pelo mar Egeu estão 46 mil pessoas que fugiram sobretudo da Síria, Afeganistão e Irão (dados das Nações Unidas). É sete vez mais do que a capacidade máxima disponível.

A decisão do Governo de Ancara permitiu que dezenas de pessoas tentassem a sua vez de entrar na Europa pela Grécia. Nos primeiros dias, dezenas de embarcações de segurança duvidosa aproximaram-se das costas gregas. Algumas foram impedidas por grupos de locais - associados a movimentos de extrema-direita que nos dias seguintes se viriam a tornar mais violentos - de desembarcarem.

A ilha

O campo de refugiados de Moria, em Lesbos, na Grécia
O campo de refugiados de Moria, em Lesbos, na Grécia
Guy Smallman/ Getty Images
O campo de refugiados de Moria, em Lesbos, na Grécia
O campo de refugiados de Moria, em Lesbos, na Grécia
Guy Smallman/ Getty Images
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Morreu uma criança no mar quando tentava chegar à Europa. Sabemos que foi a 17ª pessoa a morrer este ano ao largo da ilha grega de Lesbos. Que com ela o número de vidas que já se perderam em 2020 na rota do Mediterrâneo oriental sobe para 64 (morreram três em igual período do ano passado).

Uma segunda criança que também estava a bordo dessa embarcação foi levada para o hospital. “Está fora de perigo”, garantiram em comunicado as autoridades gregas. O barco virou-se no Egeu logo nas primeiras horas da manhã. Como tantas vezes, trazia demasiada gente a bordo. Quase 50 numa embarcação.

Lesbos foi desde o primeiro momento da chamada crise de refugiados um dos principais pontos de chegada. No Centro de Receção e Identificação de Moria estão inscritas mais de 20 mil pessoas. Vinte mil onde nunca deveriam estar mais de três mil. As pessoas vivem em tendas, esperam horas em filas por uma refeição, não têm água ou luz, são muito poucos os cuidados de saúde disponíveis. Os Médicos Sem Fronteiras contaram ao Expresso que em algumas zonas existia apenas uma casa de banho para 1200 pessoas.

Ao mesmo tempo, um pequeno grupo associado a movimento de extrema-direita tornou-se agressivo, provocando a escalada de violência e tensão na ilha: atacaram refugiados e migrantes, organizações não governamentais e jornalistas.

A terra de ninguém

“Nunca pensei que fosse assim”: às vezes é preciso ver para se perceber “Um Desastre Humanitário” (capítulo X))
Anadolu Agency/ Getty Images
“Nunca pensei que fosse assim”: às vezes é preciso ver para se perceber “Um Desastre Humanitário” (capítulo X))
Anadolu Agency/ Getty Images
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De um lado Edirne, a última vila turca antes de sair da Turquia. Do outro Evros, a última região da Grécia antes de sair da Europa. Pelo meio alguns metros de terra que não é de ninguém mas onde muitos alguéns tentaram forçar a passagem nos últimos dias. Atenas garante que desde que Ancara começou a permitir a passagem foram travadas mais de 45 mil tentativas de entrar ilegalmente na Grécia.

Quantas conseguiram mesmo atravessar? Algumas centenas.

A fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia tem cerca de 160 quilómetros. Tem uma barreira natural: o rio Evros. E depois outra, construída pelo Homem, uma vedação de arame farpado e que em alguns pontos já foi cortada e, quase de certeza, local de passagem para quem quer entrar ilegalmente.

Os gregos, com o apoio da União Europeia, intensificaram o patrulhamento do lado europeu da fronteira. Pelo menos dois migrantes morreram - nem autoridades turcas nem gregas assumem a responsabilidade -, vários tiveram de ser assistidos. Para travar quem tenta passar, foi usado gás lacrimogéneo e disparados tiros para o ar.

A vida

“Nunca pensei que fosse assim”: às vezes é preciso ver para se perceber “Um Desastre Humanitário” (capítulo X))
Anadolu Agency/ Getty Images
“Nunca pensei que fosse assim”: às vezes é preciso ver para se perceber “Um Desastre Humanitário” (capítulo X))
Anadolu Agency/ Getty Images
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“Desumano, insuportável, vergonhoso.” As palavras não são nossas, são de quem conhece a realidade junto aos campos de refugiados. “Desumano, insuportável, vergonhoso”: foram escolhidas por Sophie McCann, responsável pela relações institucionais dos Médicos Sem Fronteiras, para descrever o que se está a passar.

Do lado turco, as portas abertas. Do lado grego, fechadas. E ali um campo que se ergueu rapidamente de plásticos e troncos de árvores, com algumas tendas e onde pelo menos quatro mil pessoas permanecem à espera na esperança de um dia ser a sua vez de entrar na Europa.

Em Edirne há um acampamento de esperanças, que apesar do reforço do patrulhamento europeu e de não haver qualquer previsão de abertura da fronteira, vai continuar à espera.

Sobra frio, falta espaço,
Falta fé, sobra cansaço
Nunca pensei que fosse assim

[Este é um excerto de uma canção escrita por Raul Manarte, um voluntário português que voltou há pouco do local onde fica o maior campo de refugiados da Europa]

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Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mpgoncalves@expresso.impresa.pt

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