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Marcelo foi "informado, não consultado" sobre escolha de Maria Luís e só comenta: "É a candidata de Portugal"

Marcelo foi "informado, não consultado" sobre escolha de Maria Luís e só comenta: "É a candidata de Portugal"
PAULO NOVAIS/Lusa

O primeiro-ministro só comunicou ao Presidente da República a indicação da ex-ministro na manhã desta quarta-feira, antes de fazer o anúncio público

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, só foi avisado da escolha de Maria Luís Albuquerque para a Comissão Europeia esta quarta-feira de manhã, pouco antes do anúncio feito pelo primeiro-ministro. E fez questão de vincar que apenas foi “informado e não consultado”, sem tecer qualquer comentário de apreciação à escolha.

"A competência nesta matéria é do Governo. Foi o Governo a decidir. O senhor primeiro-ministro informou-me, de manhã, da proposta que iria apresentar ao Governo e que depois apresentaria aos portugueses. A partir do momento em que é apresentada [Maria Luís Albuquerque] é a candidata de Portugal", disse o chefe de Estado em declarações aos jornalistas, em Miranda do Douro, onde participou numa iniciativa da representação em Portugal da Comissão Europeia.

O Presente da Republica disse ainda não que não comenta as posições dos partidos, justificando que, "como em tudo na vida, há quem concorde e quem discorde", mas não tem de se pronunciar. Aliás, na nota que já tinha feito ao fim da manhã, o Presidente tinha dado apenas conta de que felicitou pessoalmente Maria Luís Albuquerque, sem tecer quaisquer considerações sobre o acerto da escolha ou o currículo da ex-ministra.

O chefe de Estado falava aos jornalistas Miranda do Douro, no distrito da Bragança, à margem do "Summer CEmp", a escola de verão da Representação da Comissão Europeia em Portugal, que decorre nesta cidade transmontana até sábado.

Maria Luís Albuquerque foi ministra de Estado e das Finanças durante o período em que Portugal estava sob assistência financeira da 'troika', sucedendo a Vítor Gaspar em julho de 2013 e mantendo-se até final do executivo liderado por Pedro Passos Coelho. No PSD, foi vice-presidente durante a liderança de Passos Coelho e cabeça de lista dos candidatos a deputados pelo PSD em Setúbal em 2011 e 2015.

Atualmente é membro do Conselho Nacional do PSD -- segundo nome da lista da direção de Luís Montenegro, logo a seguir a Carlos Moedas -, e membro do Conselho de Supervisão da subsidiária europeia da empresa norte-americana Morgan Stanley.

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