De 2011 a 2015, a economista foi central na definição das políticas de austeridade conduzidas, sob supervisão da troika, pelo Governo liderado por Pedro Passos Coelho. Em 2013 esteve no epicentro de uma crise política que quase levou à rutura da coligação do PSD de Passos com o CDS-PP de Paulo Portas que então governava Portugal. Agora vai para a Comissão Europeia, onde já tinha sido desejada em 2014
Foi por causa de Maria Luís Albuquerque, e da sua promoção a ministra das Finanças pelo primeiro-ministro de então, Pedro Passos Coelho, que Paulo Portas, líder do CDS anunciou uma demissão do Governo como “irrevogável” que depois acabou por não ser - até conduziu, na verdade, à sua promoção de ministro dos Negócios Estrangeiros a vice-primeiro-ministro.
Estávamos em julho de 2013 e Passos Coelho anunciou que Maria Luís iria ser a nova ministra das Finanças, em substituição de Vítor Gaspar, que tinha deixado o Governo argumentando ser o seu afastamento “inadiável”. Paulo Portas, nº 2 desse governo como líder do CDS-PP, já tinha avisado Passos que não queria Maria Luís Albuquerque na pasta das Finanças por achar que Gaspar teria de ser substituído por alguém que simbolizasse a abertura de um “ciclo político e económico diferente”, distante das férreas políticas de austeridade, centradas em cortes nas remunerações e aumentos de impostos, que tinham sido levadas a cabo desde 2011.
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