• Miguel Guilherme: “Terei tido momentos de ilusão a achar-me o maior. Considerarmo-nos o pináculo é ridículo e a realidade desmascara-nos”

    A Beleza das Pequenas Coisas

    Miguel Guilherme: “Terei tido momentos de ilusão a achar-me o maior. Considerarmo-nos o pináculo é ridículo e a realidade desmascara-nos”

    É um dos atores mais carismáticos, talentosos e amados deste país. O seu currículo é extenso onde se somam inúmeros sucessos no teatro, no cinema, na televisão e na rádio. Foi nos anos 80 que se tornou conhecido num anúncio de eletrodomésticos e daí passou a integrar durante anos a turma de Herman José em inúmeros programas de humor. Na televisão são inúmeras as séries que protagonizou e que ficaram no imaginário de todas as pessoas, como o “O Fura-Vidas”, “Bocage” ou o “Conta-me Como Foi” que regressa aos ecrãs em Junho. Mas Miguel está de volta também aos palcos e em cena com a atriz Luísa Cruz no espetáculo “A Peça para dois atores”, de Tennessee Williams, com encenação de Diogo Infante, no Teatro da Trindade, em Lisboa, até 25 de junho. Uma história sobre dois irmãos atores abandonados por toda a companhia num teatro decrépito. E aqui se fala de saúde mental, de confinamento forçado, e da linha ténue, por vezes perigosa, entre a ficção e realidade, entre a verdade e a mentira. Sobre o jogo da luta de egos deixa claro: “A ideia da competição para mim é abjeta, desinteressa-me. Sou mais de cooperar, vou buscar o melhor no outro e isso eleva-nos. É assim que gosto de representar e é assim que devia ser na vida." Ouçam-no no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas, com Bernardo Mendonça

  • Eduardo Lourenço: “Olho para a minha vida com o espanto de que ela não possa recomeçar”

    A Beleza das Pequenas Coisas

    Eduardo Lourenço: “Olho para a minha vida com o espanto de que ela não possa recomeçar”

    O filósofo Eduardo Lourenço, um dos maiores pensadores do nosso tempo, abre aqui o livro da sua vida. Fala do passado, do seu grande amor, o gosto pela música, pelo cinema e comenta o país, a Europa e o mundo com uma lucidez, rapidez de raciocínio e vigor raros. Lourenço, que foi distinguido em 2016 com o prémio Vasco Graça Moura e era por altura da sua morte conselheiro de Estado do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, revela ainda um encantamento com Catarina Martins e Mariana Mortágua, “pequenos Fidel Castros”. No dia em que faria 100 anos, o Expresso republica esta conversa íntima para ouvir no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”

  • Gisela Casimiro: “Acontecem-me pessoas que se transformam em poemas. Mas a poesia surge-me até na piscina quando reparo numa luz diferente"

    A Beleza das Pequenas Coisas

    Gisela Casimiro: “Acontecem-me pessoas que se transformam em poemas. Mas a poesia surge-me até na piscina quando reparo numa luz diferente"

    Há três anos, um poema seu afixado na rua criou um tremor na polícia e foi alvo de um processo judicial por chamar a atenção para a realidade do racismo nas forças policiais. O caso foi arquivado, mas a polémica gerada em torno do seu poema ‘Quando For Grande’ chegou a ser comparada à da obra “Novas Cartas Portuguesas”, das ‘três Marias’, que viram a sua escrita feminista ser julgada em tribunal em plena ditadura, em 1973. Este mês, a escritora, poeta e dramaturga Gisela Casimiro acaba de publicar dois novos livros autobiográficos: um de poesia, “Giz”, e outro de crónicas, “Estendais”, onde partilha as suas dores, alegrias e sonhos e as das pessoas com quem se cruza nos transportes públicos, nos mercados, na rua, na vida, como uma garimpeira que sabe reconhecer a riqueza das histórias mundanas. Ouçam-na no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas, com Bernardo Mendonça

  • Isabel Moreira: “António Costa desmontou um ‘bluff’ porque o discurso catastrofista do Presidente não cola com os resultados do Governo"

    A Beleza das Pequenas Coisas

    Isabel Moreira: “António Costa desmontou um ‘bluff’ porque o discurso catastrofista do Presidente não cola com os resultados do Governo"

    Há 12 anos que Isabel Moreira é deputada do PS na Assembleia da República e, desde o início, tem sido combativa na luta contra as discriminações existentes na lei e uma aliada importante das minorias no combate ao racismo, à homofobia, à transfobia e outros preconceitos sociais. O seu combate mais longo e “doloroso” foi na defesa da lei da eutanásia que acaba de ser aprovada no Parlamento depois de quatro vetos do Presidente, a quem Isabel não poupa críticas. Sobre a crise no Governo com origem no caso Galamba, afirma: “Aquele episódio é deplorável, há pontas soltas e uma comissão de inquérito. Ainda não estou esclarecida. O que me preocupa é como o SIS atuou. Mas admito que haja uma explicação." E deixa uma crítica a Costa e Medina: “Temos que ser menos obsessivos com o défice e com as contas certas e fazer um choque salarial na função pública.” Ouçam-na no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas” com Bernardo Mendonça

  • Hugo van der Ding: “Se perdermos tempo a desmontar o sexismo, homofobia, racismo, as pessoas chegam lá. É o que quero com a minha voz"

    A Beleza das Pequenas Coisas

    Hugo van der Ding: “Se perdermos tempo a desmontar o sexismo, homofobia, racismo, as pessoas chegam lá. É o que quero com a minha voz"

    05.05.2023 às 13h32

    Bernardo Mendonça e Nuno Fox

    Há quatro anos que Hugo van der Ding anima as manhãs da Antena 3 com a rubrica 'Vamos Todos Morrer', através de notas necrológicas de figuras dignas de antologia que trazem conhecimento e gargalhadas em doses generosas. Figura popular pelas tiras humorísticas como 'A Criada Malcriada', 'Cavaca para Presidenta' ou 'Juliana Saavedra, a psicanalista que deixa os pacientes na merda', Hugo não é tipo de rótulos, nem de um talento só: tem feito teatro, televisão, livros e assinado inúmeros programas na rádio e em podcast. Destaque para o 'Vamos para a Tua Terra', onde todas as semanas nos dá a conhecer um país, ou uma parte do mundo, através dos olhos de quem lhe chama a sua casa de partida. E através destas conversas desmonta o insulto que a extrema-direita tem usado como arma contra migrantes, refugiados ou pessoas racializadas. “Quando alguém grita ‘vai para a tua terra’ sabe lá o que essa pessoa passou para chegar ao que achamos que é a nossa terra. Se ouvirmos as suas histórias de vida, acredito que seremos todos melhores.” Prestes a terminar o primeiro romance, Hugo avisa: “Quero retirar-me das coisas que me obrigam a aparecer, ir morar para o campo e viver mais da escrita.” Ouçam-no no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas” com Bernardo Mendonça

  • Isabela Figueiredo: “Escrevo sobre assuntos que partem da minha ferida aberta. Eu enfio-me dentro dos meus livros"

    A Beleza das Pequenas Coisas

    Isabela Figueiredo: “Escrevo sobre assuntos que partem da minha ferida aberta. Eu enfio-me dentro dos meus livros"

    Com o novo romance, “Um Cão no Meio do Caminho”, a escritora Isabela Figueiredo aponta desta vez o foco a um dos grandes males da vida moderna, a solidão que mora nas periferias dos grandes centros. Desta vez, as personagens estão menos coladas a si, mas continuam a dar corpo e voz a muitas das feridas a que Isabela sempre regressa para curar. “A escrita ajuda-me muito a fazer terapia.” E, neste podcast, a escritora assume que as suas obras não têm escapado às discussões “woke” no meio literário internacional. “No meu livro “A Gorda”, se lhe fosse amputado o título e todas as referências a ‘gordas’ desapareceria como obra. E também percebo que ofende as pessoas quando leem “os pretos” no Caderno de Memórias Coloniais. É uma questão que me colocam muito em França e na Alemanha. Mas escrevi-o com olhar crítico. Não posso amputar a História do que existiu, do que foi. É uma ginástica difícil.” Ouçam-na no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas” com Bernardo Mendonça

  • Mia Tomé: “Cresci a destoar do que era a norma, por causa do meu corpo, cara e voz. Essas impedições fizeram-me voar de outra forma"

    A Beleza das Pequenas Coisas

    Mia Tomé: “Cresci a destoar do que era a norma, por causa do meu corpo, cara e voz. Essas impedições fizeram-me voar de outra forma"

    Mia Tomé deu voz aos poemas do disco de vinil “Projeto Natália”, que acaba de ser lançado para celebrar o centenário de Natália Correia, com o músico Mário George Cabral. Aos 28 anos, a atriz tem-se dividido entre o cinema, o teatro e a rádio, e atualmente conduz o podcast “Por uma canção”, na Antena 3, onde dá a conhecer as bandas sonoras do teatro português. A ultimar um projeto audiovisual filmado no Arizona, nos EUA, sobre as “Mulheres do Oeste Americano” desvalorizadas na história, Mia está determinada a criar mais lugares para o universo feminino, fora dos sonhos. “Os sonhos são para quem está a dormir. Se estão a dormir as coisas não acontecem. É preciso acordar e fazer pela vida!” Ouçam-na no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, com Bernardo Mendonça

  • Especial com Alberto Pimenta: "Não me considero em nenhuma lista de bem pensantes e bem falantes. Sou alguém à procura de quem sou"

    A Beleza das Pequenas Coisas

    Especial com Alberto Pimenta: "Não me considero em nenhuma lista de bem pensantes e bem falantes. Sou alguém à procura de quem sou"

    Voltamos a republicar uma das conversas mais marcantes do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, esta com o escritor e poeta Alberto Pimenta. A gravação foi feita no arranque de 2020, antes da pandemia, na sala do apartamento de Alberto Pimenta. Tudo começa com uma simples pergunta: “Para que serve a poesia?” A resposta segue tão desconcertante e maravilhosa quanto é a sua poesia e personalidade. Eterno experimentalista e artista de vanguarda, deu que falar nos anos 70, numa performance em que entrou numa jaula de chimpanzé, no Jardim Zoológico de Lisboa, exibindo uma tabuleta com a palavra “Homem”. Autor de vasta obra, o seu livro mais icónico é “O Discurso sobre o Filho da Puta”. E afirma: “Há muitos. Estão dispersos. Estão na política, sobretudo. Naturalmente nas Forças Armadas.” Boas escutas!

  • Francisco Louçã: “Há irritantes em Portugal que acham que as pessoas vivem melhor se tiverem menos, se o salário for pior”

    A Beleza das Pequenas Coisas

    Francisco Louçã: “Há irritantes em Portugal que acham que as pessoas vivem melhor se tiverem menos, se o salário for pior”

    O economista e professor universitário Francisco Louçã considera que se o país fosse agora a votos o BE dobraria o número de deputados, apesar de as sondagens indicarem queda de dois pontos, mas assume que a recuperação da fratura pelo chumbo do seu partido ao OE é lenta. Louçã, que foi fundador e coordenador do BE de 2005 a 2012 - ainda antes da “Geringonça” - apelida como “bacoco” o orgulho do Governo pelas contas certas, alerta que Costa está a coroar Ventura como o líder da direita e deixa recado: “Costa abre caminho para um Governo PSD-Chega.” Ouçam-no no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, com Bernardo Mendonça