Olhe que eu não vou dar-lhe nenhuma entrevista", advertira Eduardo Fontes ao telefone, num dos vários contactos entre Lisboa e East Providence. "Mas está disposto a conversar comigo?", insisti. "Certamente. E terei muito gosto em recebê-lo em minha casa". De permeio, trocámos livros: sabedor de que o tema lhe interessaria, enviei-lhe o meu "Quem Mandou Matar Amílcar Cabral?", a que ele retribuiu com o seu "Guia de Marcha. Notas da Memória", uma edição não comercial feita na Lousã, de três centenas de exemplares para familiares e amigos.
Aliás, a primeira coisa que me disse, mal abriu a porta de sua casa, foi que não gostara nada de uma coisa no livro. E que foi? - indaguei com o olhar, preocupado. "Quando fala do Tarrafal, diz sempre que era um campo de concentração. Isso não é verdade e é injusto" - protestou, desapontado. Para começar a conversa, não estava nada mal…
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