Não se sabe ainda se a livraria aberta em 1840 e comprada por José Pinho em 2016 voltará a abrir. “Não faço previsões”, diz a atual proprietária, esclarecendo que não falta muito para se conhecer o desfecho. Para José Ribeiro e Castro, que a dinamizou entre 2011 e 2015, este encerramento é “uma dor de alma”
Jornalista
Quem passa pelo número 72 da Rua do Almada não pode evitar reparar que a Livraria Ferin, a história casa fundada em 1840, a segunda livraria mais antiga de Lisboa, está fechada. “Está assim há mais de um mês, embora as pessoas só se tenham apercebido agora”, diz Joana Pinho, uma das proprietárias, ao Expresso. O encerramento prende-se com um processo de “levantamento de todos os problemas” da livraria que decorre desde junho, um mês depois do falecimento do pai. José Pinho tinha-a adquirido em 2016 “por um preço simbólico e um poço de dívidas acumuladas, algumas muito antigas e difíceis de detetar”.
A voz embargada de Joana fala por si. “Ele morreu e ficamos com a responsabilidade de saber o que está ali, de fazer um inventário sem o qual não podemos tomar qualquer decisão”, explica ela. Recusa-se a dar previsões sobre o que se irá passar, expressando apenas que “uma livraria com 200 anos deveria ficar aberta”. Na medida em que o processo se encontra na “fase final”, haverá novidades nos tempos próximos. “Será rápido e, quando acontecer, iremos comunicar.”
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