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Leïla Slimani: “Contar histórias é a melhor forma de dizer a verdade”

Leïla Slimani
Leïla Slimani
TIAGO MIRANDA

A escritora franco-marroquina, prémio Goncourt 2016, acaba de se instalar em Lisboa, onde ficará a viver parte do tempo. E iniciou uma trilogia inspirada na história da sua própria família cujo primeiro volume, “O País dos Outros”, acaba de sair em Portugal. O Expresso falou com ela

Luís M. Faria

Jornalista

Leïla Slimani: “Contar histórias é a melhor forma de dizer a verdade”

Tiago Miranda

Fotojornalista

O que a fez decidir vir para Lisboa?
Tenho de acabar a minha trilogia. Preciso de muita tranquilidade, serenidade para trabalhar. Acho que Lisboa é um bom lugar para isso. E tenho muitos amigos aqui.

Amigos franceses?
Sim, sobretudo. E acho que é bom para os meus filhos, pois eles também têm amigos aqui. Vão para uma escola portuguesa, francesa e inglesa, em Campo de Ourique.

Falando em crianças, há tempos disse que, de certa forma, escreve para se vingar em nome delas.
Disse que me estava a vingar não só em nome das crianças, mas da criança que em tempos fui. O meu pai teve uma vida muito difícil. Foi acusado de algo que não tinha feito, e durante anos não pôde trabalhar. Quando finalmente o declararam inocente, já estava morto. Acho que, quando escrevo, penso sempre nele, e em todas as pessoas que são incompreendidas, que são acusadas de coisas que não fizeram. Quando escrevemos, temos a possibilidade de devolver às pessoas uma certa dignidade.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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