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Entrevista a Plutonio: “Acho que me libertei de um certo estilo de vida que vinha associado ao ‘bairro’, que é de onde eu venho”

Entrevista a Plutonio: “Acho que me libertei de um certo estilo de vida que vinha associado ao ‘bairro’, que é de onde eu venho”

Ao quarto álbum, procurou a sua liberdade de não ser visto apenas como um produto ou um símbolo do Bairro da Cruz Vermelha, em Alcabideche, onde nasceu e onde continua a residir. “Carta de Alforria” está a ser preparado desde 2019 e é sinónimo da sua ambição artística: um disco duplo onde o R&B melódico ganha proeminência, entre ncursões por géneros como o funaná ou, claro, o hip-hop onde se move. Em fevereiro, a consagração está marcada para uma já esgotada Meo Arena, a maior sala de concertos do país. Plutonio ainda não acredita no que está a acontecer: “É surreal. Habituei-me a que a minha música tivesse um teto. E esse teto, se não tinha sido quebrado pelos meus ídolos, muito dificilmente seria quebrado por alguém da minha geração. E muito menos eu…”

Disco duplo, 22 canções, mais de uma hora de duração. “Carta de Alforria” é provavelmente o álbum mais ambicioso de Plutonio, e não o é só pela construção: é-o porque é o disco em que o músico nascido e crescido no Bairro da Cruz Vermelha procura, não abandonar essa pele, mas impedir que o vejam como tendo apenas e só essa pele. “Foi preciso libertar-me de mim mesmo; foi uma libertação mental e, no final, musical”, contou à BLITZ, numa tarde sob o sol de outono.

Ambicioso, e elemento chave naquela que será a maior noite da carreira do músico: a apresentação está marcada para o dia 28 de fevereiro, data em que se apresentará, pela primeira vez em nome próprio, na maior sala de espetáculos do país, a Meo Arena. Antes disso houve espaço para falar desta “Carta de Alforria”, do “bairro”, da Moçambique que lhe corre nas veias e do seu objetivo maior: ser presidente da Junta de Freguesia de Alcabideche. Eis Plutonio, sem rodeios.

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