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Sexta-feira cheia de música: Jorge Palma e Everything but the Girl de volta, o “Bichinho” de Bárbara Tinoco, os fantasmas de André Henriques

Jorge Palma
Jorge Palma
Rita Carmo

O primeiro álbum dos Everything but the Girl em quase um quarto de século, o regresso de Jorge Palma em mais de uma década e o segundo longa-duração de Bárbara Tinoco são alguns dos destaques musicais desta penúltima sexta-feira de abril. Mas há mais: de Dave Matthews Band a um novo projeto dos Interpol, esta é a música nova da semana

O regresso dos Everything but the Girl aos álbuns, o primeiro single de Jorge Palma em 12 anos, o segundo álbum de Bárbara Tinoco e um novo tema de André Henriques, vocalista dos Linda Martini, são alguns dos destaques desta semana, no que toca a novidades musicais.

“Fuse” é o título do 11.º álbum de Tracey Thorn e Ben Watt, a dupla que há quatro décadas perfaz os Everything but the Girl. Composto por dez canções, o disco já deu origem a vários singles, o mais recente dos quais é 'No One Knows We're Dancing'. Ouça aqui a nova amostra do primeiro longa-duração de estúdio da banda inglesa desde “Temperamental”, de 1999.

Esta semana chegou também ‘Vida’, tema-título do primeiro álbum de Jorge Palma desde “Com Todo o Respeito”, de 2011. Escrita na sala do músico, a canção conta com a participação de Júlio Pereira nas guitarras acústicas e tem arranjos de Filipe Melo. O disco sai dentro de uma semana e será apresentado a 6 de maio, no Convento de São Francisco, em Coimbra. Veja aqui o vídeo de 'Vida', realizado por André Tentugal.

Já nas lojas e no streaming está “Bichinho”, o segundo álbum da cantora-compositora Bárbara Tinoco. Em dez canções, a jovem de 24 anos reflete sobre o passado e o presente da sua vida amorosa, garantindo também, numa canção cuja letra já está a dar que falar, ser “a mesma gaja da linha de Sintra”. “Bichinho” estará em destaque no concerto deste sábado, 22 de abril, no Campo Pequeno, em Lisboa.

Também em Portugal, é hoje lançado um novo tema de André Henriques. O vocalista dos Linda Martini anunciou a canção nas suas redes sociais, onde falou, também, sobre a capa do single: “[É] uma imagem criada a partir de uma fotografia que o meu pai tirou em fevereiro de 1980, dois meses antes de eu nascer.”

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Em comunicado, explica-se que o novo álbum de André Henriques nasceu quando o músico “fugiu da cidade para o campo” e que em ‘Os fantasmas de amanhã’ se ouvem “clarinetes por cima de um groove desacelerado, algures entre a soul de Marvin Gaye, a alma de Tim Maia e o nervo de Vic Chesnutt.”

O disco foi gravado com os brasileiros Ricardo Dias Gomes e Domenico Lancellotti, que já trabalharam com Caetano Veloso e Adriana Calcanhotto. O vídeo é de Paulo Segadães e o álbum será apresentado ao vivo a 15 de novembro no Teatro Maria Matos, em Lisboa.

“Ainda hoje recebo cartas endereçadas ao antigo proprietário da casa onde estou", partilha André Henriques. “Ele já faleceu há uns anos, mas por alguma razão nunca encontro coragem para informar o carteiro de que o senhor já não mora aqui. É como se estivesse nas minhas mãos o seu último fôlego, uma remota possibilidade de existir. Dei por mim a pensar que um dia alguém vai receber as minhas cartas. Ironicamente, o meu amigo Paulo Segadães, fotógrafo e músico que realizou este bonito filme, já foi carteiro há muitas vidas e soube exatamente o que fazer com tudo isto.”

A solo, André Henriques, vocalista, guitarrista e letrista do Linda Martini, tem um álbum editado - “Cajarana”, de 2020 - e tem escrito várias canções para outros artistas, como Cristina Branco ou, mais recentemente, Lara Li, que cantou um tema seu no Festival da Canção.

Esta sexta-feira, também a artista portuguesa MEMA lança o seu primeiro álbum. Chama-se “Leve♀Escuro” e apresenta uma fusão de várias sonoridades, como a pop-rock, a eletrónica ou o R&B. Um dos singles mais recentes, ‘De Cabeça’, já tem vídeo, realizado por Luís Água, que também participou em algumas das canções deste álbum.

Sobre a sua estreia nos álbuns, a produtora e cantautora de Aveiro avança: "Demorei dois anos a conceber este disco. Foi uma luta interna muito grande tentar libertar-me de expectativas que criei em relação à minha música, a quem sou ou e ao que queria fazer. Acima de tudo, queria construir uma obra sincera, verdadeira e livre. Daí os temas flutuarem entre géneros e assuntos e terem este espectro, do mais leve para o mais escuro.

O álbum será apresentado ao vivo a 27 de abril no Teatro Aveirense e a 5 de maio no Musicbox, em Lisboa.

Antecipando a chegada de um novo álbum - “Walk Around the Moon”, a 19 de maio -, a Dave Matthews Band acaba de apresentar um novo single. Conheça aqui ‘Monsters’, nova amostra do primeiro longa-duração dos norte-americanos em quatro anos.

Esta semana, chegou igualmente ‘Nó’, primeiro single do próximo álbum de Joana Alegre. Apresentada como uma fusão entre a pop barroca e a eletrónica, a canção surgiu “há pouco mais de um ano, da dor e impotência que sentia (e ainda sinto) sempre que ligava a televisão e assistia, em direto, à guerra, à revolução e repressão no Irão, à crise dos refugiados, às alterações climáticas... Ficava sempre um ‘Nó’”, explica a autora.

O vídeo foi realizado por Pedro Ivan e Luís Cunha e antecipa a chegada do disco, que terá por título “Luas” e será editado no início de 2024. Depois de “Joan & The White Harts”, de 2016, e “Centro”, de 2021, Joana Alegre promete agora “um álbum mais feminino e selvagem, visceral, que explora a consolidação de uma sonoridade baroque pop mais eletrónica, ao estilo de Florence + The Machine, Kate Bush, Aurora ou Patti Smith”.

Despedimo-nos com ‘Big Shot City’, primeira amostra para o novo projeto dos Interpol, intitulado “Interpolations”. Neste disco, a lançar nos próximos meses, a banda de Nova Iorque vai apresentar temas do seu último álbum, “The Other Side Of Make-Believe”, recriados por artistas como Daniel Avery, Makaya McCraven, Jeff Parker, Jesu e Water From Your Eyes. Em ‘Big Shot City’, a reinvenção cabe a Makaya McCraven, que tocará no Misty Fest, em Lisboa, no próximo mês de novembro.

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