A Adidas anunciou esta terça-feira que vai suspender a parceria que mantinha há vários anos com Kanye West, devido a “comentários inaceitáveis” levadas as cabo pelo rapper norte-americano nas últimas semanas, atitudes que lhe têm valido diversas acusações de antissemitismo.
Deixará, por isso, de pertencer ao portefólio da Adidas a marca Yeezy, desenvolvida pelo rapper mas cujos direitos de design serão propriedade da empresa alemã. A produção dos produtos da marca foi descontinuada e “todos os pagamentos [a West] são interrompidos”.
"Os recentes comentários e ações [de West] foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, violando os valores de diversidade e inclusão da empresa, bem como o respeito mútuo e a justiça", comunica a empresa, que sublinha não tolerar “o antissemitismo ou qualquer outro tipo de discurso de ódio”.
A rutura tem efeitos imediatos, admitindo a Adidas perder 250 milhões de euros em receitas no presente ano fiscal. A divulgação de mais informações está prometida para 9 de novembro, aquando da apresentação dos resultados da Adidas no terceiro trimestre de 2022.
No espaço de poucas semanas, o músico foi forçado a retirar os seus bens do seu banco, o JPMorgan, foi alvo de um processo por parte da família de George Floyd, e marcas como a Balenciaga e a revista “Vogue” anunciaram um corte de relações com Kanye. Também a agência que o representava, a CAA, anunciou que cessará qualquer ligação com o artista.
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