Ativista pelo clima na Suécia tem multa anulada devido à “emergência climática”
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Um tribunal de Estocolmo isentou um ativista ambiental de pagar multa por desobediência à polícia num protesto: diz que o fez por necessidade, devido à “emergência climática”
Um tribunal de Estocolmo isentou esta sexta-feira um ativista ambiental de pagar multa por desobediência à polícia num protesto, decisão justificada com a “emergência climática”.
O acusado, de 41 anos, participou num bloqueio de trânsito no centro da capital sueca, durante um protesto contra o clima, em 2022.
O manifestante foi levado a tribunal por se ter recusado a desobstruir a estrada, apesar das ordens da polícia.
O homem não contestou os factos, mas disse estar inocente por ter agido por necessidade, devido à “emergência climática”.
O arguido foi declarado culpado pelo tribunal de Estocolmo por desobediência à polícia, mas as suas ações foram justificadas por terem “o objetivo” de pôr fim a um perigo para a sociedade, o que resultou na sua absolvição.
“Trata-se de uma situação de emergência e os efeitos das alterações climáticas são já evidentes”, afirmou o tribunal na sua decisão. “Neste contexto, consideramos que é manifestamente irrazoável impor uma sanção”, adiantou.
Protestos pelo clima no Liceu Camões. Um grupo de estudantes fechou a escola a cadeado, em Lisboa.
As decisões nos tribunais distritais suecos são tomadas por um juiz de carreira em conjunto, na maior parte das vezes, com três juízes que não têm necessariamente formação jurídica.
A decisão não foi tomada unanimemente, e tanto o juiz profissional, como um dos três juízes não profissionais quiseram aplicar uma coima.
Os juízes leigos são nomeados pelo conselho municipal. As decisões em que os juízes leigos ganham o caso contra o juiz profissional são frequentemente anuladas em recurso, relata a agência de notícias sueca, TT.