“O Social Leapfrog é uma aceleradora que ajuda as organizações sociais a gerir o negócio e fazer dinheiro”
É um programa da Nova SBE que já ajudou 25 organizações sociais a ser financeiramente mais sustentáveis, e que já vai na quarta edição. O Expresso SER foi conversar com Talita Feliciano que é a coordenadora deste projeto que funciona como uma aceleradora de organizações sociais que querem ser híbridas, ou seja, têm uma missão social, mas também querem ter lucro para impactar mais
No programa de televisão Shark Tank (Lago dos Tubarões) os empreendedores fazem um pitch à frente de um grupo de empresários para os convencer a investir no seu projeto. Este projeto da Nova SBE também termina da mesma forma, com as organizações sociais a apresentarem-se à frente de um grupo de investidores do setor social para os convencer a entrar com dinheiro no projeto. É a fase final do programa que Talita Feliciano chama, por analogia com o programa de televisão, de “Frog Thank”.
Mas antes de chegarem a essa fase final, estas organizações sociais que entram neste programa da Nova SBE têm de passar por um processo de seleção, de diagnóstico, de filtragem jurídica, fiscal e contabilística (feito pela Vieira de Almeida e KPMG) e, depois, têm de cumprir um plano de ação que tem como objetivo tornar estas organização financeiramente mais sustentáveis para que possam impactar um maior número de beneficiários.
A Alzheimer Portugal que resolveu duplicar a capacidade da Casa do Alecrim, a Associação Pão a Pão que, além do restaurante de comida do Médio Oriente, também resolveu lançar uma escola, e a CECD que trabalha com pessoas com deficiência intelectual e tinha um problema de liderança são algumas das organizações sociais que já passaram por este programa que é coordenado por Talita Feliciano, e que tem como missão colocar esta instituições a dar dinheiro para que possam chegar a um maior número de pessoas.
A coordenadora do Social Leapfrog tem 15 anos de experiência em gestão de projetos, responsabilidade social empresarial e iniciativas de sustentabilidade, além de programas de voluntariado e cultura organizacional. Resume este programa em duas frases: “Somos uma aceleradora de organizações sociais que querem ser híbridas, ou seja, tanto ter a missão social como ter um objetivo financeiro. Ajudamos na parte que identificamos que eles têm maior dificuldade, que é gerir a organização, gerir o negócio e fazer dinheiro”.
Como é que surge este programa Social Leapfrog e como é que a Talita aparece ligada a ele? A Nova SBE te uma forma de se organizar muito parecida com a forma como as universidades lá fora se organizam. A Nova tem um centro de conhecimento, ou seja, tem investigação científica, mas também tem projetos no terreno. É uma escola aberta à comunidade, aberta à sociedade e que está a formar os líderes do futuro que vão ser os decisores que vão tentar salvar este nosso mundo de alguma forma. Eu trabalho dentro de um centro de conhecimento, de um “knowledge center”, que é o Leadership for Impact, e o Social Leadfrog é um desses projetos de ação que nós temos.
Eu fui contratada para coordenar este programa. O meu background é todo da parte de sustentabilidade, responsabilidade social corporativa; tenho 15 anos de experiência de mercado, e fui convidada para trazer essa experiência mais corporativa para pensar este projeto junto da comunidade.
De uma forma muito simples, o que é este projeto do Social Leapfrog? Nós somos um programa de capacitação e acompanhamento de organizações sociais. É mais fácil perceber se explicar o porquê de termos criado o programa. Nos últimos 10 anos, começaram a surgir negócios sociais, empresas sociais. Mas em Portugal não existe essa denominação jurídica de empresas sociais. São organização sociais que detêm uma empresa.
Pode dar um exemplo? Se é de Lisboa, se calhar já foi jantar ao Mezze que é um restaurante de comida do Médio Oriente. É um restaurante, mas o dono é uma associação que é Associação Pão a Pão. Isso é um negócio social, é um social business. Estamos a falar de empreendedorismo social. Percebemos que estas organizações começaram a criar estes negócios, estas empresas, com este ponto de vista: "eu preciso integrar os meus beneficiários no mercado de trabalho". O mercado de trabalho regular não está preparado, não quer integrar estas pessoas, tando assim é que agora temos a Lei das Quotas para as pessoas com deficiência. Para fazer realmente a integração social de uma pessoa tenho de integrá-la no mercado de trabalho: 60% do nosso tempo é passado no trabalho. O que é que o trabalho nos dá em troca? Dinheiro e é com esse dinheiro que nós conseguimos organizar a nossa vida, ter casa, saúde, educação, segurança.
O vosso projeto é agarrar em projetos como o do Mezze e ajuda-los a fazer dinheiro, é isso? Ajudamos na parte que identificamos que eles têm maior dificuldade, que é gerir a organização, gerir o negócio e fazer dinheiro. Nós pensámos: “somos uma escola de gestão e de finanças, temos todo o know-how dentro de casa, então porque não partilhar tudo o que nós sabemos com estas organizações para fazer com que elas façam esse “leapfrog”, que deem esse salto?”. Nós focamos na sustentabilidade financeira, porque neste momento em Portugal é isso que determina se as organizações têm mais ou menos impacto.
Quando maior a sustentabilidade financeira, maior o impacto. Claro. Portanto, o Leapfrog é um programa de capacitação pensado para isso. E o que é que nós fazemos neste programa? Colocamos à disposição destas instituições tudo o que temos de recursos dentro da escola: desde os nossos professores, alunos, antigos alunos que têm 10 ou 20 anos de experiência de mercado e o nosso staff.
Como é que isso é feito? Este é um projeto inovador. Nós temos, por exemplo, a Fundação Manuel Violante (que é uma fundação da McKinsey) que faz um trabalho de capacitação em gestão incrível com as organizações sociais. O que nos difere deles? Nós somos um programa de três anos, as organizações entram e ficam três anos connosco. Porquê três anos? Porque o nosso principal trabalho é a mudança de mentalidade dessas organizações. Colocar na cabeça dessas pessoas que é importante fazer dinheiro, ter lucro e ser profit. Algumas dizem, "mas nós somos uma organização non profit". E eu respondo: "Ok, vocês só não podem é no fim do dia dividir o lucro entre vocês. Mas podem investir tudo isto na vossa missão social, atender mais pessoas, melhorar ordenados que é problema gigante”.
Ser social não quer dizer necessariamente que essas organizações têm de se deficitárias. Exatamente, e não precisam estar sempre dependentes do Estado, dos fundos do Governo, dos fundos europeus, porque no fim do dia todas as organizações estão a concorrer pelos mesmos fundos e não há fundos para todos. Este ano posso receber um subsídio, no próximo ano não sei se vou receber. Só se ganharem de novo uma candidatura que dá imenso trabalho às organizações e a percentagem de aceitação dessas candidaturas é muito baixa.
Que tipo de organizações é que vão bater à vossa porta, são IPSS? Podem ser associações, cooperativas, fundações, misericórdias e mutualistas. Qualquer uma destas denominações. Depois disto existem os estatutos sociais, e aqui sim, pode ser uma IPSS, uma ONGA, uma ONGD. A maior parte das nossas organizações são IPSS.
A Mezze Escola, em Lisboa.
Nuno Fox
“O nosso principal trabalho é a mudança de mentalidade dessas organizações. Colocar na cabeça dessas pessoas que é importante fazer dinheiro, ter lucro e ser profit.”
Eu sou uma IPSS, vou bater à vossa porta. O que acontece durante esses três anos? Dos três anos, o primeiro semestre é um semestre de diagnóstico, em que vamos levantar todas as problemáticas que aquela organização tem. Só vamos conseguir resolver os problemas depois de identificar os problemas.
Há uma equipa na escola que se dedica a isso? Sim, o programa tem uma equipa, mas esta parte do diagnóstico é feita por um clube de alunos. Dentro da Nova SBE nós temos vários clubes de alunos. São como se fossem consultoras formadas por alunos que se colocam à disposição para desenvolver projetos. São alunos que estão em busca de experiência de trabalho enquanto estão no curso da faculdade. Esse diagnóstico é feito por alunos, com o nosso acompanhamento e com a validação dos professores.
Para além desse diagnóstico que olha para gestão e para finanças, nós temos dois grandes parceiros do programa. Um deles é o escritório de advocacia Vieira de Almeida que faz o diagnóstico legal dessas organizações. E a KPMG vai fazer um diagnóstico fiscal e contabilístico. Porquê isto? Porque se vamos trabalhar com estas organizações durante três anos, temos primeiro de perceber se têm algum problema fiscal ou jurídico que foge do nosso alcance e que nós não vamos conseguir resolver. Nesse caso não faz sentido elas estarem neste programa. Também temos de garantir a idoneidade dessas instituições para podermos atrelar o nosso nome ao delas. Esta é a primeira parte, são seis meses de diagnóstico. Durante estes seis meses, a equipa que gere o programa também vai visitar as organizações.
Depois desta fase do diagnóstico, o que é que acontece? Para esta fase de diagnóstico passam dez organizações. Nós estamos nesta altura com as candidaturas abertas para a 4ª edição. Temos sempre duas edições a acontecer em simultâneo: agora estou a com a segunda edição que termina em julho, a terceira edição vai ao meio para que a quarta comece em setembro.
Depois, estas organizações passam para a fase de experiência, que são cinco semestres que vêm a seguir para completar os três anos. Mas nem todas passam para esta fase.
O que acontece nesta fase de experiência? Cada sessão tem um gestor, eu sou a coordenadora e fazemos uma sessão em que desenhamos com cada organização um plano de ação para ver como é que podemos resolver os problemas identificados na fase de diagnóstico. É um programa totalmente customizado; o que uma organização está a fazer não tem nada a ver com o que outra organização está a fazer.
São os alunos que fazem este plano de ação? Não, os planos de ação são feitos por nós, pela equipa do programa, pelo gestor da edição e pela coordenadora que sou eu. Olhamos para o diagnóstico e vamos priorizar o que é preciso resolver primeiro, e no final de cada semestre sentamos novamente com a organização para ver o feedback e ver se o plano ainda faz sentido. Se já não fizer sentido mudamos o plano completamente.
Depois de identificar os problemas, temos de ver como é que os resolvemos. Se é um problema mais profundo, que leva mais tempo a resolver, resolvemos através de uma tese de mestrado, ou seja, um grupo de alunos da Nova SBE faz uma tese sobre o problema daquela organização. Esse grupo de alunos tem um orientador que é um ex-partner do BCG [Boston Consulting Group] que garante a qualidade daquilo que nós vamos entregar. Vão estar um semestre a desenvolver aquela tese.
Consegue dar um exemplo prático? Vou falar da primeira edição, que foi a única que já acabou e é mais fácil mostrar os resultados. A Alzheimer Portugal é uma associação que trabalha com pessoas que têm alzheimer. Para além da parte que eles têm de tratar do cuidador informal, que acabam por ser as famílias, eles também têm a Casa do Alecrim que é o seu lar de idosos onde acolhem pessoas com alzheimer a partir de uma determinada idade.
O que é que eles aprenderam no programa? Aprenderam a ter ambição. Eles achavam que não podiam fazer mais do que já fazem e dentro deste programa descobriram que podem fazer mais e crescer mais. Numa tese de mestrado, fizemos todo um estudo sobre a expansão da Casa do Alecrim: eles vão construir um novo edifício e vão duplicar o número de camas e o número de quartos. Todo este business plan ou plano de negócio foi feito por uma tese de mestrado que avalia desde os custos de construção até cálculos mais específicos. Do género: quantos quartos é que tenho de vender ao privado e quantos quartos é que vão ser para beneficiários que não podem pagar nada, para que esse privado me consiga trazer renda suficiente para manter aqueles que não podem pagar?
Neste caso esse é o modelo de negócio? Esse é o modelo de negócio. É uma obra de quase cinco milhões de euros, já conseguiram um terreno cedido pela câmara, mais de metade do valor já foi arrecadado e eles estão no fim da angariação de fundos para começarem as obras. É um grande resultado que nós temos dentro do programa.
Eu tenho uma outra organização da segunda edição, e estão a terminar o programa agora, que é a CECD. A CECD é uma CERCIS, trabalham com pessoas com deficiência intelectual. Eles são uma cooperativa na zona de Mira Sintra e o grande problema que eles tinham era um problema de liderança. Eles tiveram um diretor executivo à frente da instituição durante 40 anos, essa pessoa reformou-se e veio outra pessoa. Isso tem um grande impacto na organização. E a pessoa que aceitou o desafio não estava 100% preparada para isso. O que é que a Nova SBE, dentro deste programa, fez para ajudar? É uma pessoa que tem o seu background na parte da terapia da fala, aliás, muitas pessoas à frente dessas organizações sociais percebem muito da missão social e pouco de gestão. Então, neste caso oferecemos a essa pessoa uma pós-graduação em Gestão para conseguir ter mais estaleca para exercer a função que ele acabou por aceitar. Além disso, nós fizemos todo o trabalho de mentoring com um antigo aluno da escola, que trabalha na parte dos recursos humanos, para que ele aprendesse como gerir pessoas, como gerir uma equipa.
O Social Leapfrog é um programa da Nova SBE.
“Muitas pessoas à frente dessas organizações sociais percebem muito da missão social e pouco de gestão.”
Ou seja, vocês não tratam apenas da parte financeira, tratam de qualquer problema de gestão, neste caso da liderança? Sim, porque no fim todos eles impactam naquilo que é a viabilidade financeira. Nós temos aqui alguns workshops, que é a única parte obrigatória do programa, são dois por semestre, e todos eles participam juntos. É o único momento que não é customizado. Falamos destes temas importantes da organização, como a estratégia, como fazer um planeamento estratégico, como liderar. Depois pensamos como é que fazemos um plano de negócios, um plano de marketing e o programa termina com a criação de um pitch deck em que eles fazem uma apresentação para investidores do setor social para tentar alavancar aquilo que já fazem como empresa social. Nós chamamos de “Frog Thank”, é como o Shark Thank [programa de televisão].
Fazem o pitch à frente de investidores verdadeiros? Quem traz esses investidores? Somos nós e eles também. Nós trazemos uma base de investidores, como fundos de investimento, como o Portugal Inovação Social, trazemos vários investidores. Cada organização também tem de trazer pelo menos um investidor. Nós não entregamos a papinha toda feita.
Há mais exemplos de sucesso de organizações que tenham passado no vosso Leapfrog? O Mezze, a Associação Pão a Pão, fez parte da primeira edição, e entraram no programa como a seguinte missão: “nós queremos abrir um restaurante no Porto”. Têm um restaurante em Lisboa que já é financeiramente sustentável, não dá dinheiro, mas paga as suas contas e eles queriam abrir um outro no Porto. Fizemos um trabalho com eles de reflexão estratégica, rever tudo aquilo que eles fazem.
No programa temos também um recurso interessante que são as sessões de desconstrução. Eles coitados, são quase que atacados, temos dois desconstrutores que são pessoas da casa, como professores que estão ligados ao empreendedorismo social, e eles são atacados, de uma forma positiva, para desconstruir todas as certezas que têm. Assim pões à prova aquilo que já fazes há 20 anos e achas que não precisas de mudar.
Numa sessão destas, e depois de uma tese de mestrado, o que é que o Mezze percebeu? “Eu não quero ir para a cidade do Porto. A nossa equipa não percebe nada de restauração, o que é que nós vamos lá fazer? O que nós queremos é ter mais impacto e para isso nós precisamos de formar mais refugiados para integra-los no mercado de trabalho”. Eles então lançaram no ano passado, o Mezze Escola, ou seja, abriram uma escola. Nós ajudamos, em parceira com o Turismo de Portugal e com a Faculdade de Hotelaria e Turismo, e eles desenvolveram todo um programa de formação de refugiados.
E desistiram do restaurante Porto? Eles ainda querem abrir um restaurante no Porto, mas não é mais um objetivo de curto prazo. Porque eles estão agora a impactar muito mais pessoas porque mudaram todo o modelo de negócio.
Vi no vosso site que vocês já tiveram 25 organizações que passaram pelo vosso programa. 25 organizações entre a primeira e a terceira edição. A maior parte delas ainda está connosco. Dessas 25, sete que fizeram parte da primeira edição já terminaram. E abrimos agora mais dez vagas para mais dez organizações ficarem mais três anos connosco. Depois de receber as candidaturas, fazemos um top 15, e este top 15 vai para um júri externo formado por pessoas do mercado, internas e externas, que vai definir quais são as dez organizações que entram para o diagnóstico.
Este programa é gratuito para as empresas? Para as organizações é completamente gratuito. Nós temos organizações do país todo, do Porto, de Guimarães, de Lousã, é mesmo aberto para todo o Portugal continental. O único custo é de deslocação até à Nova, que acontece obrigatoriamente uma vez por semestre. Ou seja, duas vezes por ano eles têm de vir, o resto fazemos tudo em formato remoto e nós vamos até eles.
Como é conseguimos fazer isto? Porque temos um grande parceiro que é quem financia todo o projeto (Fundação ”la Caixa” e BPI). Este projeto faz parte de uma parceria maior da Nova SBE chamada Social Equity Initiative que tem aqui duas cátedras e sete projetos e o Social Leapfrog é o maior desses projetos. Este é um projeto fora da caixa e inovador por ser totalmente customizado.
Quem é o vosso concorrente em Portugal, essa fundação da McKinsey? Não são bem concorrentes. A Patrícia Rocha que é a diretora-executiva da Fundação Manuel Violante é membro do nosso júri que vai escolher as organizações da quarta edição. Aquelas organizações que não entram no Leapfrog, nós sugerimos que façam o programa dela e vice-versa. Porque o programa dela é mais focado em dar formação em gestão, é como se eles fossem mais uma escola e nós somos uma aceleradora. Nós só trabalhamos com projetos que já tenham uma certa maturidade. Uma aceleradora de organizações sociais que querem ser híbridas, ou seja, tanto ter a missão social como ter um objetivo financeiro. Como não existe o termo empresa social, o termo híbrido existe.
Agora vão começar a quarta edição? Sim, há uma diferença importante da quarta edição face às edições anteriores. As anteriores, para participarem, as organizações tinham já de ser híbridas, já ter uma empresa social, ou seja, de alguma forma já ter uma fonte de receita própria, vender algum produto ou serviço. Agora na quarta edição estamos a aceitar qualquer organização social que já tenha isso ou que queira dentro do programa desenvolver alguma coisa.
Consegue dar um exemplo disto de receitas próprias? A Mezze vende comida, a Associação Alzheimer Portugal vende quartos a pessoas que podem pagar. Pode ser, por exemplo, uma IPSS que é uma escola. Nas escolas que são IPSS, uma parte do valor é pago pelo Governo e outra parte é paga pelos pais. Esta última parte é uma fonte de receita própria.
Mas pode ser também uma organização incrível da Lousã, que é a ARCIL – Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã, que também trabalha com deficiência, que tem uma empresa de madeira, uma clínica e oito unidades de negócios. Chega a faturar cerca de um milhão por ano só com a parte das unidades de negócio que não tem, necessariamente, a ver com aquilo que é a missão social.
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