O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) apela à dádiva de sangue, em especial dos grupos “A positivo”, “O positivo” e “B negativo”. Para estes três tipos de sangue as reservas do instituto só darão para quatro dias.
Em resposta ao Expresso, o IPST diz que “as reservas dos hospitais situavam-se entre os 9 e 40 dias”. Já as do próprio instituto, que faz a colheita e a distribuição do sangue por todo o território e onde as carências são maiores, “entre os 4 e 32 dias”.
A região onde os condicionamentos estão a merecer mais atenção por parte das autoridades é Lisboa e Vale do Tejo, devido “à dimensão do Parque Hospitalar na zona da Grande Lisboa”.
Recentemente foi notícia que a falta de sangue que provocou o adiamento de quatro cirurgias programadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, no início do julho, que entretanto já foram realizadas. Desde então a situação tem estado mais estável porque as pessoas têm reagido aos apelos para as dádivas, diz o diretor do serviço de sangue da ULS de Santa Maria, Álvaro Beleza, admitindo também que “a grande atividade cirúrgica para reduzir listas de espera” faz aumentar as necessidades dos serviços.
O IPST salienta que a gestão das reservas “transcende as regiões geográficas”. Apesar de a zona da Grande Lisboa ser mais afetada, é habitual os Centros de Sangue e Transplantação de Porto e Coimbra, onde as dádivas costumam acontecer em maior número, disponibilizarem unidades de sangue, para que estes doentes possam ter os tratamentos que necessitam.
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