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Doenças transmitidas por mosquitos: Europa pede cautela aos países

Mosquito da dengue
Mosquito da dengue

Centro Europeu da Prevenção e Controlo de Doenças está preocupado com prevalência de algumas doenças. Alterações climáticas são responsáveis pela maior presença de mosquitos em território europeu

Doenças transmitidas por mosquitos: Europa pede cautela aos países

Joana Ascensão

Jornalista

Há cada vez mais mosquitos transmissores de doenças, como a dengue, a febre-amarela e a febre do Nilo Ocidental, no espaço europeu. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de ­Doenças (ECDC, na sigla inglesa) quer os países de olho nesta ameaça, que tem emergido impulsionada, em parte, pelas alterações climáticas. “Na Europa a situação ainda é diferente da América ou da Ásia, porque a densidade dos mosquitos não é tão alta. Mas temos de nos preocupar e preparar”, afirma Céline Gossner, principal especialista do ECDC em doenças emergentes e transmitidas por vetores, numa conferência na sede do organismo, em Estocolmo. A “tendência para mais ondas de calor, verões mais longos e mais quentes, mais seca, e, por outro lado, mais chuvas e inundações” cria um “habitat confortável” para os mosquitos viverem — e por isso estão a deslocar-se para norte. Por conta do aumento da temperatura, o tempo que o mosquito leva desde que transmite o vírus a uma pessoa até voltar a conseguir transmitir está a reduzir-se.

Apesar de o mosquito Aedes albopictus, encontrado agora em Lisboa, estar a ter uma proliferação grande e rápida na Europa, aos olhos do ECDC o Aedes aegypti, presente na Madeira há algum tempo, “acarreta mais risco”, uma vez que, além de ser o principal driver de dengue e de febre-amarela, pica quase exclusivamente humanos. Este inseto está estabelecido em Chipre, o que tem preocupado as autoridades europeias, porque se pensa que, dali, possa facilmente “deslocar-se para a Turquia, para a Grécia e depois para outras zonas”, aponta Céline Gossner. “Neste momento não consideramos que a Europa corra o risco de ter febre-amarela, mas, se o mosquito se estabelecer, poderemos ter surtos desta doença”, continua.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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