Sociedade

Gestores do Hospital de Santa Maria reafirmam que nenhum médico é obrigado a ir para o São Francisco Xavier

Hospital de Santa Maria, em Lisboa
Hospital de Santa Maria, em Lisboa
PATRICIA DE MELO MOREIRA/Getty Images

Profissionais de obstetrícia e ginecologia podem recusar o exercício noutro hospital durante as obras de requalificação dos blocos de partos no Santa Maria. Encerramento deverá prolongar-se por um ano

As equipas de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Santa Maria não são obrigadas a irem trabalhar para o Hospital de São Francisco Xavier durante as obras de requalificação dos blocos de partos, a partir de agosto. A garantia voltou a ser dada esta segunda-feira pela administração durante uma reunião com médicos do departamento e representantes da Ordem dos Médicos.

O encontro, que ainda decorre, serviu ainda para garantir uma vez mais que não haverá quaisquer alterações nas férias ou no pagamento do trabalho extraordinário já realizado, como chegou a ser avançado na passada sexta-feira por elementos da Federação Nacional dos Médicos. Depois de uma reunião com os responsáveis hospitalares, também na semana passada, teria sido interpretado, erradamente segundo os gestores, que os médicos que recusassem ir temporariamente para o Hospital de São Francisco Xavier não poderiam gozar as férias como queriam e teriam até de devolver remunerações por horas extras já realizadas. A contestação foi imediata, com mais de uma dezena de chefes de equipas das urgências obstétricas a pedirem a demissão de funções.

As obras no Hospital de Santa Maria têm início previsto no dia 1 de agosto e devem demorar, pelo menos, um ano. Durante esse período, as equipas de obstetrícia e ginecologia devem prestar serviço em São Francisco Xavier, também em Lisboa. No Santa Maria ficará apenas uma equipa para garantir os partos programados e gravidezes de risco; no caso de recusarem a mudança e caso não estejam escalados para esta equipa, estes profissionais ficam limitados à chamada atividade programada, ou seja, às consultas.

A reunião desta segunda-feira foi pedida por uma delegação da Ordem dos Médicos do Sul e juntou gestores e médicos do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina de Reprodução. “Esta reunião realiza-se num contexto de mudanças na maternidade durante o período das obras de beneficiação, que conduziu à demissão do anterior diretor e dos chefes de equipa de urgência e visa colher informação e facilitar o diálogo entre os médicos, a direção do departamento, a direção clínica e a administração, com vista à tranquilidade no dia a dia de trabalho e na resposta aos utentes, que deve ter sempre a máxima prioridade.”.

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