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Da desnutrição à ecoansiedade, as alterações climáticas afetam a saúde — e os “profissionais não estão preparados” para responder

Da desnutrição à ecoansiedade, as alterações climáticas afetam a saúde — e os “profissionais não estão preparados” para responder
Lukas Schulze

Entre 2030 e 2050, a mudança do clima vai provocar 250 mil mortes por ano em todo o mundo, e em Portugal “as temperaturas extremas são aquilo que provavelmente trará mais perigosidade às pessoas”. Desde a poluição atmosférica ao aquecimento global, as alterações climáticas impactam tanto a saúde física como mental — e “os serviços e os profissionais não estão preparados” para tratar as “doenças do clima”

Da desnutrição à ecoansiedade, as alterações climáticas afetam a saúde — e os “profissionais não estão preparados” para responder

Mara Tribuna

Jornalista

Doenças cardiovasculares, respiratórias e alérgicas, zoonoses, cólera, desnutrição e doenças do foro mental — estes são alguns dos impactos que as alterações climáticas têm na saúde das pessoas. Aliás, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma em cada quatro mortes em todo o mundo está relacionada com fatores ambientais.

A pensar na forma como a saúde é afetada pela mudança do clima, a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade NOVA de Lisboa lançou o primeiro curso em Portugal em Alterações Climáticas e Saúde Pública. “O curso perspetivou-se na necessidade de informar como é que as alterações climáticas alteram as condições ambientais, como é que essas alterações podem implicar efeitos para a saúde da população e que tipo de efeitos”, explica a coordenadora do curso, Susana Viegas.

Todos estes impactos causados pela mudança do clima vão implicar, cada vez mais, uma resposta adequada dos serviços de saúde e “é preciso que os profissionais se adaptem” — e um dos objetivos do curso de curta duração é exatamente esse. “Atualmente, os serviços e os profissionais de saúde não estão preparados para identificar e tratar [as “doenças do clima”] de acordo com as necessidades de Portugal”, afirma a professora do Departamento de Saúde Ocupacional e Ambiental da ENSP.

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