Para além do líder espiritual, rabino David Litvak, é ainda suspeito João Almeida Garrett, advogado e membro da direção. A Comunidade Israelita do Porto garante que as suspeitas serão rebatidas "ponto por ponto"
Jornalista
A Comunidade Israelita do Porto mantém a confiança em dois dos seus membros suspeitos de envolvimento na concessão fraudulenta da nacionalidade portuguesa a Roman Abramovich, o oligarca russo dono do Chelsea e Patrick Drahi, empresário marroquino dono da Altice. Daniel Litvak, líder espiritual da comunidade, já foi ouvido pela juíza Maria Antónia Andrade e teve de entregar os passaportes israelita e argentino que tinha; João Almeida Garrett, que tem o nome judaico de David, foi alvo de buscas mas não foi ouvido em tribunal.. É membro da direção da comunidade.
Em comunicado, a direção da comunidade diz que o caso se baseia em "denúncias anónimas" que serão "rebatidas ponto por ponto" e que investigam dois casos: "O do Sr. Abramovich, certificado pelo rabinato do Porto, em 16 de julho de 2020, dado cumprir os critérios plasmados na lei e aceites pelos sucessivos governos desde 2015" e o do "Sr. Patrick Drahi, certificado pela Comunidade Israelita de Lisboa no ano de 2017, dado cumprir os critérios plasmados na lei e aceites pelos sucessivos governos desde 2015".
Segundo o comunicado, "a denúncia afirma que os pareceres do rabino são falsos e que o jurista da direção devia saber".
Em causa, de acordo com o comunicado da PJ, esão crimes que vão da corrupção - há suspeitas de desvio de parte de 35 milhões de donativos que foram feitos depois da lei dos sefarditas entrar em vigor - a associação criminosa, falsificação e fraude fiscal.
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