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Área de cultura de abacate triplicou no Algarve em dois anos

O abacate é nutritivamente rico, mas ambientalmente insustentável
O abacate é nutritivamente rico, mas ambientalmente insustentável
Richard Coombs / EyeEm

Especialistas e ambientalistas alertam para os problemas de escassez de água que já se faz sentir e será cada vez mais grave no futuro

Área de cultura de abacate triplicou no Algarve em dois anos

Carla Tomás

Jornalista

A paisagem de sequeiro do barrocal algarvio, por onde se dispersaram figueiras, sobreiros e oliveiras, começou a mudar. De Sotavento a Barlavento, parte do tradicional mosaico de culturas e dos pomares de citrinos de regadio está a ser substituído por abacate e já há poços a secar.

A fruta de origem tropical dá-se bem no Algarve, a cujos aquíferos exauridos vai beber, e nos últimos 20 anos viu a área de plantação multiplicar-se por 10 (de 171 hectares em 2000 para 1815 ha em 2019). Só entre 2017 e 2019, a área de abacateiros quase triplicou (de 650 ha para 1815 ha) numa região que em 2019 não sabia se teria água suficiente para abastecer a população mais de um ano, devido à seca.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ctomas@expresso.impresa.pt

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