Sociedade

Anestesia atrasou-se. Paciente morreu

17 novembro 2019 10:27

Fotografia tirada na manhã desta quarta-feira nas urgências do hospital de Famalicão

Especialista há um mês e posto a chefiar equipa, médicos de família nas Urgências infantis, pediatra com 100 casos num dia, crise de choro por medo de errar doses por cansaço ou clínico que receita paracetamol e o doente morre são manifestações adversas de um mal maior: uma medicina posta a soro

17 novembro 2019 10:27

Uma equipa desfalcada não se resume só a mais trabalho, pode traduzir-se em menos vida. “Os dois anestesistas servem para ir à ‘gastro’ se o doente está a sangrar, para tirar a dor nos enfartes, para ir ao recobro, para a Urgência ou para o bloco de partos. Este ano já tivemos duas situações em que a equipa de anestesia não conseguiu ajudar a cirurgia, a entubar por exemplo, e o doente morreu”, denuncia o mesmo médico.

E recorrer a prestadores de serviços indiferenciados para ter mais batas brancas nas Urgências pode ter efeitos irreversíveis: “A formação de alguns colegas é muito fraca e morrem pessoas. Ainda há pouco tempo, uma senhora foi medicada na Urgência com paracetamol e um dia depois entrou no bloco com uma isquemia intestinal e morreu”, conta um especialista do Amadora-Sintra.

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