16 novembro 2019 16:55
tiago miranda
São alguns sintomas de um Serviço Nacional de Saúde doente que o Expresso conta na edição deste fim de semana: uma pediatra esteve a ver 70 crianças entre as 8h e as 20h e acabou numa crise de choro por ter medo de errar as doses a administrar às crianças devido ao cansaço
16 novembro 2019 16:55
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) está severamente doente e sem tratamento imediato. Os sintomas são evidentes da gravidade do quadro clínico: metade dos médicos tem mais de 50 anos e, por isso, o direito de não fazer escalas nas Urgências e sobram lugares em hospitais e centros de saúde onde ninguém quer trabalhar: 30% das vagas estão por preencher. Quem fica vai aguentando cada vez menos e os episódios de falência são cada vez mais.
O fecho no Hospital Garcia de Orta, em Almada, das Urgências pediátricas todas as noites a partir da próxima segunda-feira, e por meio ano, é uma das recentes manifestações agudas da doença do SNS. “O HGO só tem quatro pediatras que fazem urgência à noite e daqui a seis meses pode não ter nenhum. Uma médica viu 70 crianças entre as oito e as 20 horas e chorava porque não conseguia calcular com segurança a quantidade das drogas a administrar”, conta uma médica amiga da pediatra. “Na maioria das situações são ‘ranhocas’, mas se aparece um caso grave tem-se medo de falhar.”
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