Q
uando, em julho de 1923, Walter Elias Disney Jr. comprou um bilhete de comboio na direção de Los Angeles sabia ao que ia — “realizar grandes filmes”, nas suas próprias palavras — só não sabia exatamente como. Viagem longa, mais de 2500 quilómetros de Kansas City até à cidade do cinema, um passado recente amargo, memórias de infância traumáticas, muitos sonhos. Do fundo da infância e adolescência sobravam lembranças de um pai cruel que o fazia trabalhar duramente e o espancava a torto e a direito (ao ponto de começar a duvidar se ele era realmente seu pai, fantasma que o acompanharia toda a vida e teve reflexos nas suas criações). Do passado recente guardava o trauma da falência da pequena empresa que constituíra com Ub Iwerks — a Newman Laugh-o-grams — para fabricar desenhos animados.
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