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Costa garante que Governo tirará consequências políticas, mas só no fim da comissão de inquérito à TAP

Costa garante que Governo tirará consequências políticas, mas só no fim da comissão de inquérito à TAP
GONÇALO LOBO PINHEIRO

Agora ainda é o tempo da Assembleia da República, lembra o primeiro-ministro que está de visita à Coreia. e volta a dizer que cada órgão deve representar os tempos próprios

As demissões de Hugo Mendes e Pedro Nuno Santos podem não ser as únicas consequências políticas do caso TAP. O primeiro-ministro admite haver mais consequências a tirar, mas só no fim da comissão de inquérito que decorre no Parlamento. "No final, vai tirar as conclusões. Em função disso, nós [Governo], agiremos em conformidade", garantiu António Costa, que está de visita à Coreia do Sul.

O primeiro-ministro disse esta terça-feira que importa aguardar pelo fim da comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP, onde esta tarde é ouvido Manuel Beja, para serem retiradas eventuais consequências políticas e salientou que cada órgão de soberania tem o seu tempo próprio. António Costa assumiu esta posição no final de uma visita à multinacional sul-coreana SK Hynix, grupo que é o terceiro maior produtor mundial de semicondutores, e no final da qual, perante os jornalistas, recusou-se a falar de forma aprofundada sobre a TAP, ou sobre as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre esse mesmo tema.

"Em regra não comento as palavras do senhor Presidente da República e muito menos quando não as ouvi. Como sabem, quando o Presidente da República estava a falar [na segunda-feira, em Murça], eu estava a voar para a Coreia do Sul", alegou. Interrogado sobre as consequências políticas que vai tirar face ao que se tem passado na comissão de inquérito parlamentar, o primeiro-ministro respondeu: "As consequências políticas tiraremos em função dos resultados".

"Cada órgão de soberania deve ter o seu tempo próprio. Neste momento, o tempo é o da Assembleia da República. Devemos respeitar um trabalho que está a ser desenvolvido", afirmou o líder do executivo.

Tendo ao seu lado os ministros da Economia, António Costa, da Ciência e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, e das Infraestruturas, João Galamba, o primeiro-ministro acrescentou que a comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP ainda irá realizar várias audições. "No final, vai tirar as conclusões. Em função disso, nós [Governo], agiremos em conformidade", reforçou.

Nas declarações que fez aos jornalistas, o primeiro-ministro rejeitou em absoluto que os casos da política interna possam prejudicar a imagem de Portugal ao nível externo, por gerarem dúvidas junto dos investidores. "Nenhuma dúvida", reagiu. De acordo com António Costa, "todos os países estrangeiros reconhecem em Portugal factos fundamentais".

"Somos o quinto país mais seguro do mundo, um dos que apresenta maior estabilidade de políticas ao longo dos anos, temos recursos humanos altamente qualificados e um dos países que primeiro apostou nas energias renováveis. Somos o único país da Europa que está neste momento com uma ligação por cabo submarino de fibra ótica a todos os continentes e temos inúmeras oportunidades de atração de investimento", completou.

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