Manuel Beja não apoiou a decisão de afastar Alexandra Reis da administração da TAP, mas também não se opôs. Chegou a dizer na sua página no LinkedIn que “tentou sem sucesso” impedir que a gestora saísse. Falta de sucesso, também, foi o que resultou do contacto com o ex-ministro Pedro Nuno Santos e o ex-secretário de Estado Hugo Mendes, a tutela da TAP, quando quis dar conta das divergências entre Alexandra Reis e a presidente executiva, Christine Ourmières-Widener. Aliás, até esteve em cima da mesa que não fosse ele a assinar o acordo para a saída da gestora, com 500 mil euros de indemnização. O chairman, ou presidente do conselho de administração, da TAP é um dos protagonistas da polémica da TAP, mas é também um dos nomes que muitos dizem ser discreto demais para o papel que lhe coube.
Manuel Beja vai à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) explicar, na sua audição desta terça-feira, 11 de abril, como exerceu o seu papel de governação como presidente do conselho de administração, por que falhou aparentemente uma das suas principais missões de representante do Estado na companhia, não alertando para o facto de Alexandra Reis estar abrangida pelo Estatuto do Gestor Público, o que a impedia de sair por acordo com uma indemnização negociada. Terá ainda de explicar por que estava o Ministério das Finanças (que tinha a tutela da TAP juntamente com o Ministério das Infraestruturas) alegadamente tão distanciado da transportadora.
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