Política

Secretário de Estado não vai ser substituído. Ministro assume funções

Secretário de Estado não vai ser substituído. Ministro assume funções

António Costa não vai substituir o secretário de Estado que se demitiu, depois de saber que tinha sido constituído arguido. Pasta da proteção civil fica na mão do ministro até às eleições. Este é o quarto membro do Governo de Costa que sai do Governo como arguido

Secretário de Estado não vai ser substituído. Ministro assume funções

Filipe Santos Costa

Jornalista da secção Política

Até às eleições legislativas, vai ser o ministro da Administração Interna a assumir a pasta da Proteção Civil, confirmou o Expresso. Artur Neves, o secretário de Estado que saiu esta quarta-feira do Governo ao ter sido constituído arguido no caso das golas inflamáveis, não será assim substituído naquelas funções.

“Tendo em conta o fim próximo da legislatura, o Ministro da Administração Interna assegurará as competências até agora cometidas ao Secretário de Estado da Proteção Civil”, explica o primeiro-ministro em comunicado.

António Costa agradece ainda o “contributo decisivo” de Artur Neves para a forma como decorreram e se implementaram as mudanças nas operações de Proteção Civil, destacando a sua intervenção na execução da reforma do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais e elogiando “o seu empenho pessoal” que foi “determinante nos resultados obtidos em 2018 e até ao momento do corrente ano”.

Dentro do Governo, a saída de Artur Neves é vista com a tranquilidade possível, seguindo o que se assume como uma regra não escrita: a da demissão sempre que esteja em causa um processo judicial. Mesmo sem que isso implique uma assunção de culpas, o Executivo liderado por António Costa assume que isso é fator crucial para proteger o Governo e para não prejudicar a investigação. Já houve dois casos disso conhecidos: no Galpgate, saíram do Governo nessas condições o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, e o então secretário de Estado da Inovação. Depois, no caso de Tancos, foi Azeredo Lopes quem abandonou o Governo no dia em que se soube constituído arguido.

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