Perguntar Não Ofende

Que lugar tem Amílcar Cabral nas trincheiras da memória? Victor Barros, historiador e investigador, responde a Daniel Oliveira

Apesar do lugar que tem na História, se falarmos de Cabral, os portugueses recordam-se de Pedro, raramente de Amílcar. Porque a nossa memória continua, em grande parte, parada no colonialismo tardio e nos mitos lusotropicalistas que ele construiu

Matilde Fieschi

Resgatar a memória de Cabral é resgatar um discurso anticolonialista que os ventos de um saudosismo anacrónico tentam pôr na defensiva. Fez, em 2023, cinquenta anos que Amílcar Cabral foi assassinado, na Guiné-Conacri. Este mês de outubro, celebra-se o centenário do nascimento. Um bom pretexto para remexer na memória, eterno campo de batalha político.

Matilde Fieschi

Victor Barros é cabo-verdiano, historiador doutorado pela Universidade de Coimbra, com uma tese sobre a construção da memória do império português nas colónias em África. É investigador do Instituto de Histórica Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e autor de vários artigos sobre Amílcar Cabral.

Matilde Fieschi

É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares com Tiago Pereira Santos e música de Mário Laginha. Subscreva (no Spotify, Apple e Google) e oiça mais episódios:

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: danieloliveira.lx@gmail.com

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