Liberdade para Pensar

2010: Quando Sócrates “jogou aos dados com a sorte dos portugueses” e Passos fez o que “não era possível fazer diferente”

Luís Amado era ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates, sentava-se nos Conselhos Europeus em Bruxelas e percebeu cedo que Portugal caminhava para a falência. Miguel Morgado apoiou Paulo Rangel para líder do PSD, mas quando Rangel perdeu e Pedro Passos Coelho ganhou, foi rapidamente trabalhar com o homem que um ano depois chegaria a primeiro-ministro. Estávamos em 2010, mas, 13 anos depois, há conselhos para António Costa. Oiça o episódio do Liberdade para Pensar conduzido por Ângela Silva

2010: Quando Sócrates “jogou aos dados com a sorte dos portugueses” e Passos fez o que “não era possível fazer diferente”

Ângela Silva

Jornalista

2010: Quando Sócrates “jogou aos dados com a sorte dos portugueses” e Passos fez o que “não era possível fazer diferente”

João Martins

Sonoplastia

Luis Amado era ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates, sentava-se nos Conselhos Europeus em Bruxelas e percebeu cedo que Portugal caminhava para a falência. Em Lisboa "havia falta de lucidez" e Amado teve que entrar "numa fronteira de colisão e confronto que nem sempre é confortável" com um primeiro-ministro onde habitava "voluntarismo".
Miguel Morgado apoiou Paulo Rangel para líder do PSD, mas quando Rangel perdeu e Pedro Passos Coelho ganhou, foi rapidamente trabalhar com o homem que um ano depois chegaria a primeiro-ministro. "Foi amor à primeira vista!" e "o que era urgente conseguiu-se": Evitar que Portugal repetisse a Grécia.
Estávamos em 2010, o Expresso somava manchetes a falar de crise - em cada esquina nasciam como cogumelos lojas de venda de ouro usado - mas, passados 13 anos, Luis Amado deixa um conselho a António Costa: "Vem aí de novo um problema de excesso de endividamento, vai ser um tema crítico nos próximos anos. Não creio que o primeiro-ministro queira repetir os erros do passado". Miguel Morgado gostava que Passos Coelho voltasse. Amado reconhece que se Passos tem feito um segundo mandato "o país ficaria diferente".
Joao Girao
Em 2010, o Papa Bento VXI veio a Portugal e os comerciantes de Fátima queixavam-se de que o papa intelectual não vendia. Lisboa acolheu pela primeira vez uma cimeira da NATO, onde veio Barak Obama, mas na altura a guerra era outra. Chamava-se WikiLeaks e goi a primeira grande guerra da era da informação, quando documentação secreta dos EUA foi divulgada.
Na Tunísia nasciam os primórdios da 'Primavera Árabe'. Na Madeira houve umas cheias trágicas. Mas o tema do ano foi a 'teia' montada pelo então primeiro-ministro socialista. "As mentiras de Sócrates sobre a compra da TVI" foi uma das primeiras manchetes do ano.
Joao Girao
Mário Henriques

50 anos de História: o que se tira das manchetes do Expresso para o debate que importa fazer hoje? Todas as semanas, ao longo de 2023, Ângela Silva, Cristina Figueiredo e Paulo Baldaia partem ano a ano com convidados especiais: políticos, economistas, artistas, figuras que marcam a sociedade portuguesa. Ao todo, 50 debates sobre 50 anos de Portugal. Sem dogmas, para pensar o mundo. Todas as sextas-feiras, com Liberdade para Pensar.

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