Marta Temido: “Quando era ministra da saúde tive óbvias discussões, óbvias discordâncias e alguns debates acesos com a minha irmã médica”
Nesta conversa com Bernardo Ferrão, Marta Temido fala das suas origens em Coimbra, onde nasceu pouco antes do 25 de abril, e da infância em itinerância pelo país. A mãe era professora e o pai magistrado do Ministério Público, a irmã mais nova é médica e durante a pandemia tiveram “óbvias discussões sobre alguns temas, óbvias discordâncias e debates acesos”. Isto e muito mais é contado pela ex-ministra da Saúde neste episódio do podcast Geração 70
Nasceu em 1974, pouco antes do 25 de abril, e até aos 12 anos andou em viagem pelo país muito por força das profissões dos pais. Marta Temido, a irmã mais nova e os pais num carro é uma memória ainda hoje presente, muito por causa do mau estado das estradas portuguesas: "era uma tortura, longas horas de viagem por estradas terríveis", diz. "Eu gostava muito de ler e tinha direito a comprar um livro por mês. O resto dos livros íamos buscar à biblioteca itinerante da Gulbenkian. Senti-me quase sempre uma privilegiada, porque o ambiente em minha casa era um ambiente com livros". Não fez parte de movimentos estudantis, porque era muito tímida e tinha dificuldade em entrar nos círculos políticos, mas fez parte da geração do movimento estudantil anti-propinas e participou em manifestações. "Hoje entendo melhor qual era a ideia dos governos da altura sem dúvida nenhuma", afirma a ex-ministra da Saúde, cuja irmã é... médica. Licenciada em Direito, administradora hospitalar, Marta Temido fala sobre as discussões em família na altura da pandemia, a pausa que decidiu fazer na vida política e muito mais. Oiça aqui a entrevista conduzida por Bernardo Ferrão, no novo podcast 'Geração 70'.
Não é um podcast de política ou de economia, nem de artes ou ciência. É uma conversa solta com os protagonistas de hoje que nasceram na década de 70. A geração que está aos comandos do país ou a caminho. Aqui falamos de expectativas e frustrações. De sonhos concretizados e dos que se perderam. Um retrato na primeira pessoa sobre a indelével passagem do tempo, uma viagem dos anos 70 até aos nossos dias conduzida por Bernardo Ferrão.