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Opinião

Na habitação, conseguiu-se piorar o que estava péssimo

O governo diminuiu a oferta, pondo fim às medidas de contenção e regulação do AL, e estimulou a procura, com garantias bancárias e isenção de IMT. A inflação foi imediata: 16% no primeiro trimestre, três vezes mais do que no resto da Europa. Até a Comissão Europeia destacou o impacto negativo do baixo controlo ou regulação dos preços e das rendas e a pressão exercida pelo AL. Um ano é pouco para resolver uma crise estrutural, mas suficiente para aquecer o braseiro, atirando gasolina

Enquanto nos entretém, com a ajuda do Chega, com sessões parlamentares e Conselhos de Ministros monopolizados pela imigração, o governo evita o escrutínio. O país só iria atingir os 2% do PIB em despesa militar em 2029 e passou esse prazo, sem qualquer debate, para 2025. Ninguém sabe onde vamos buscar 1500 milhões e para quê. O défice do SNS duplicou, ao mesmo tempo que as consultas dentro do prazo máximo de espera diminuíram de 54% para 49%. E o preço das casas registou o maior aumento de sempre, desde que o INE o controla, há quase 20 anos. A aceleração de preços foi tão brutal, que o aumento em Portugal foi mais do triplo do registado na União Europeia, 16% contra 5,3%. E, ainda assim, o tema não consegue rivalizar com meses a debater a imigração.

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