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Os novos 65: o mundo está a envelhecer e vai desafiar-nos, mas também há oportunidades à espreita

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A época natalícia e o novo ano estão à porta. Há quem goste de aproveitar para usufruir de uns dias fora. Se tem mais de 50 anos, uma plataforma que é agora aposta em Portugal permite conhecer pessoas e organizar viagens numa comunidade exclusiva para estas faixas etárias.

Em Portugal, mais de 2,5 milhões de pessoas têm 65 ou mais anos – quase um quarto da população. Já em termos globais, a percentagem deverá aproximar-se de 17% em 2050. Mas ter 65 anos hoje não é igual ao que era há, por exemplo, 30 anos. Com o contributo do demógrafo Paulo Machado, aprofundamos a evolução mundial do envelhecimento.

Por cá, a Comunidade Intermunicipal de Coimbra vai testar os indicadores de envelhecimento ativo e saudável a aprovar pelas Nações Unidas, através de um projeto-piloto com o Centro de Competências de Envelhecimento Ativo. No Porto, um estudo concluiu que as más condições habitacionais comprometem a saúde e a qualidade de vida dos mais velhos que residem na cidade.

Descendo até à capital, a associação Alegria de Viver quer construir “comunidades intergeracionais e de interajuda”: o programa já decorre em Belém e chega em breve à Ajuda. Celeste, de 78 anos, conta-nos o impacto que tem sentido na sua vida.

Na área da saúde, o mês de novembro foi marcado por várias novidades. Em Portugal, os maiores de 60 anos a precisar de cuidados de saúde oral vão ter acesso a tratamentos dentários gratuitos. A Agência Europeia de Medicamentos aprovou o uso do Lecanemab, o primeiro fármaco em décadas a demonstrar ter algum efeito contra o Alzheimer. Um projeto europeu está a trabalhar para prevenir os efeitos adversos da medicação na população mais velha. E, a propósito do Dia Mundial da Diabetes, explicamos-lhe a ligação desta com as doenças cardiovasculares, que motiva a defesa de um plano europeu.

Surgiu também um alerta: o presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto apelou ao investimento num projeto que há 18 anos começou a investigar o desenvolvimento de 8000 crianças, que pode terminar por falta de financiamento. Ao longo da vida, o exercício físico é essencial: o sedentarismo é responsável por mais de dois milhões de mortes por ano em todo o mundo.

A subida da esperança de vida, de acordo com um relatório da Oliver Wyman e da Morgan Stanley, pode gerar mais de 400 milhões de dólares em receitas adicionais até 2028 para os gestores de ativos e património. O aumento da longevidade traz também a necessidade de cuidados de saúde adaptados: criada há dez anos, a especialidade médica de geriatria conta já com 101 médicos em Portugal focados nos mais velhos.

Soube-se ainda que a idade da reforma irá subir mais dois meses, de 66 anos e sete meses em 2025 para 66 anos e nove meses em 2026. E por falar em idade, morreu esta semana o homem mais velho do mundo: o britânico John Alfred Tinniswood tinha 112 anos e atribuía a longevidade à “sorte”.

Pode ler tudo aqui. Nas bancas, está já a edição semanal do Expresso. Boas leituras e um ótimo fim de semana.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: scbaptista@impresa.pt

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