Guerra na Ucrânia

Míssil russo cruzou espaço aéreo da NATO; Putin garante que país nunca recuará: o que marcou o 676.º e o 677.º dias de guerra

Vladimir Putin
Vladimir Putin
REUTERS

Autoridades polacas e a NATO confirmaram a deteção do míssil russo na sexta-feira. EUA manifestaram disponibilidade para ajudar a Polónia na investigação ao objeto. Putin garantiu que nunca recuará e que "não há força capaz de dividir" os russos. As guerras em curso na Ucrânia, em Gaza e o aumento das tensões em algumas partes do mundo estão a afetar as celebrações da passagem de ano: muitas cidades estão a reforçar a segurança e a cancelar eventos

Um míssil russo invadiu o espaço aéreo de um país da NATO, a Polónia, esta sexta-feira. O mesmo sobrevoou o espaço aéreo polaco durante três minutos, a uma distância de cerca de quarenta quilómetros. Nesse mesmo dia a Ucrânia foi alvo de uma vaga de ataques russos.

As autoridades polacas e a NATO confirmaram a deteção do míssil russo. Os Estados Unidos manifestaram, este sábado, disponibilidade para ajudar a Polónia na investigação ao objeto que violou o seu espaço aéreo.

Já este domingo, Putin fez a sua declaração de Ano Novo ao povo russo. O Presidente da Rússia garantiu que o país nunca recuará e que "não há força capaz de dividir" os russos. Na mensagem de Ano Novo, Vladimir Putin nunca mencionou o conflito com a Ucrânia.

OUTRAS NOTÍCIAS QUE MARCARAM O FIM DE SEMANA:

Além da declaração de Ano Novo dirigida ao povo russo, Vladimir Putin envia saudações de Natal a líderes aliados. Na mensagem, desejou feliz Ano Novo aos líderes de países aliados como a China, Índia, Turquia e outros da América Latina. Na sua mensagem de Natal e Ano Novo, o Presidente russo ignorou os líderes dos países ocidentais.

Um ataque atribuído por Moscovo ao exército ucraniano fez este sábado 24 mortos, entre eles duas crianças, e 111 feridos em Belgorod, cidade próxima da fronteira. O Ministério da Defesa russo garantiu, através do Telegram, que o ataque mortal a Belgorod não ficará "impune", culpando o exército ucraniano. Os ataques aconteceram um dia depois de ataques em massa da Rússia contra várias cidades em toda a Ucrânia. Autoridades ucranianas não reconhecem a responsabilidade pelos mesmos.

Na sequência do ataque, a Rússia acusou a Ucrânia de cometer um ato de "terrorismo deliberado" e de ter utilizado bombas de fragmentação em Belgorod. O Ministério da Defesa russo anunciou, este domingo, ter atacado alvos militares em Kharkiv, em represália pelo ataque de sábado a Belgorod.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu, este domingo, que o país vai "continuar a lutar pela justiça" para a Ucrânia, independentemente do que "acontecer noutros países" e que 2024 vai ser um ano de "decisões globais".

As guerras em curso na Ucrânia, em Gaza e o aumento das tensões em algumas partes do mundo estão a afetar as celebrações da passagem de ano de várias formas, sendo que muitas cidades estão a reforçar a segurança e alguns locais já cancelaram os eventos da véspera de Ano Novo. Na Rússia, as ações militares na Ucrânia ensombraram as celebrações de fim de ano, com o habitual fogo de artifício e o concerto na Praça Vermelha de Moscovo cancelados, tal como no ano passado.

Papa pede aos intervenientes nas guerras que escutem "a voz da consciência". "No final do ano, tenhamos a coragem de nos perguntar quantas vidas foram ceifadas pelos conflitos armados, quantos mortos, quanta destruição e sofrimento ou quanta pobreza", apelou o pontífice depois de rezar a oração do Angelus na janela do Palácio Apostólico.

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