Espanha vive dias de pugna legal sobre os limites da liberdade criativa e os direitos das vítimas a um tratamento respeitoso. Em causa está a publicação do livro “El odio”, baseado no testemunho e confissão de José Bretón, ex-militar que assassinou e queimou os seus dois filhos, em 2011, num gesto de vingança contra a sua mulher, Ruth Ortiz, em Córdova.
O crime foi um dos casos de violência contra menores mais terríveis de que o país tem memória. Embora Bretón nunca tenha reconhecido em público quer foi o autor dos homicídios, a investigação policial apurou que administrou potentes soporíferos aos seus filhos — Ruth, de seis anos, e José, de dois — antes de os queimar num forno que alimentou com 250 litros de gasóleo. Por estes atos foi condenado a 40 anos de prisão, pena que cumpre na cadeia de alta segurança de Herrera de la Mancha. Agora, Bretón rompeu o seu silêncio.
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