31 maio 2020 18:19

O ato ocorreu no final da noite deste sábado e teve, a comandar a marcha, a bolsonarista Sara Winter, que na última semana chocou o Brasil com afirmações contra o ministro do Supremo Tribunal, Alexandre de Moraes, num vídeo que se tornou viral pela gravidade do conteúdo
31 maio 2020 18:19
A história tem dois protagonistas: Sara Winter, que está a ser investigada pela polícia federal brasileira no âmbito do inquérito das fake news - que visa apurar a existência de notícias fraudulentas, denúncias caluniosas, ameaças e infrações que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal -, e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal Brasileiro.
Após a ação da Polícia Federal (de instaurar um mandato de busca e apreensão a Sara Winter) esta semana, a líder do grupo pró-Bolsonaro falou em "infernizar" a vida de Moraes e deixou várias ameaças: "você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor".
Sara é uma das líderes de um grupo denominado "300 do Brasil" e diz sentir-se "assaltada" pelo Estado: "Perdi meu celular, perdi meu notebook, que era meu instrumento de trabalho, perdi o tablet do meu filho, que é o pior pra mim. Enfim, sinto-me como se estivesse sendo literalmente assaltada pelo Estado", escreveu no twitter após a apreensão.
Ao todo, foram instaurados 29 mandados de busca e apreensão pelo ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito. Entre os alvos estão pessoas próximas do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como: o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB); o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP); a ativista Sara Winter; o empresário Luciano Hang; e o bloguer Allan dos Santos.
Já esta madrugada, o grupo encabeçado por Sara organizou uma marcha com tochas e máscaras de protesto contras as ações do Supremo. Com uma faixa onde se lia "300", o grupo gritou palavras de ordem contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito: "Viemos cobrar, o STF não vai nos calar", repetiram várias vezes.
No início do mês, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios deu entrada com uma ação civil pública na Justiça, a pedir o fim do acampamento "300 do Brasil" na capital federal ou em qualquer outra parte do país. O grupo foi apelidado de "milícia armada" pelos procuradores, que também pediram urgência na decisão judicial.