Bancos subiram proposta de aumento salarial para 3% mas para os sindicatos ainda não chega
O grupo negociador dos bancos subiu a proposta de aumento salarial de 2,5% para 3% na última reunião, que decorreu sexta-feira. A CGD já chegou aos 3,5%, mas sindicatos afetos à UGT consideram "evolução insuficiente" face aos 8,5% pedidos. Nova ronda decorre dia 28
Os sindicatos da banca afetos à UGT - Mais Sindicato, SBC e SBN - terminaram a reunião de dia 10 de fevereiro sem conclusões e agendaram já para dia 28 nova ronda negocial. Os bancos ofereceram mais 0,5 pontos percentuais, subindo de 2,5% para 3% a sua proposta de aumento salarial, uma percentagem que os sindicatos consideram “inaceitável”.
Os sindicatos afetos à UGT reivindicam um aumento de 8,5%, num contexto em que há bancos que já superam a oferta agora feita, como são os casos da CGD, do Santander, do BPI e do Novo Banco.
Os sindicatos depositam agora esperança numa terceira reunião, agendada para 28 de fevereiro, já que na segunda reunião com os bancos subscritores do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), entre os quais estão o Santander, Novo Banco, BPI, Crédito Agrícola e Montepio, “houve uma pequena evolução”, mas insuficiente para “as partes se entenderem”.
Em comunicado estes sindicatos referem que "a banca continuou a negar-se à discussão de qualquer uma das propostas de clausulado apresentadas, desta vez com o argumento de necessitar previamente de analisar o impacto das mais recentes alterações na legislação laboral nos instrumentos de regulamentação coletiva".
Entre as propostas do Mais Sindicato, SBC e SBN “estão temas como as alterações das condições do crédito à habitação ou a majoração de dias de férias por efeito da assiduidade”.
CGD tem proposta de 3,5% e Santander, BPI e Novo Banco ofereceram 4%
Na última ronda negocial com a CGD estes três sindicatos já tinham conseguido que a Caixa aceitasse subir "para 3,5% de média ponderada, bem como aumentar o valor das propostas referentes a alguns subsídios, como o de natalidade e o de trabalhador-estudante, e o plafond do crédito à habitação".
Entre os bancos que se sentam na mesa das negociações, quer o Santander, quer o BPI quer o Novo Banco já anunciaram aumentos de 4%.
Dos três bancos que avançaram com os 4% de aumento, nem o Santander nem o BPI abriram o jogo quanto à possibilidade de poderem vir a subir a percentagem de aumento, já que decorrem ainda negociações.