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Plataforma de criptoativos FTX processa fundador e antigos executivos para tentar recuperar mil milhões de dólares

Plataforma de criptoativos FTX processa fundador e antigos executivos para tentar recuperar mil milhões de dólares
Alex Wong

A gestão da insolvente FTX processou o co-fundador Sam Bankman-Fried e três antigos executivos para tentar recuperar cerca de mil milhões de dólares desviados da plataforma de compra e venda de criptoativos

Os gestores de insolvência da plataforma de compra e venda de criptoativos FTX processaram um dos seus fundadores, Sam Bankman-Fried (SBF), e três antigos responsáveis da cúpula da empresa, cujo colapso, em novembro, aprofundou a crise do ecossistema “cripto”, avança o Financial Times em notícia desta sexta-feira, 21 de julho.

A FTX - ou o que resta dela - acusa o fundador e os gestores do desvio de mil milhões de dólares (cerca de 890 milhões de euros ao câmbio atual), fundos de clientes alegadamente transferidos da plataforma para usufruto pessoal dos acusados. A FTX faliu em novembro, originando perdas de milhares de milhões de dólares a clientes e a investidores - entre eles vários portugueses.

A plataforma está atualmente a ser liderada por John Ray, especialista em reestrututurações de empresas que tem no currículo o caso da Enron. O gestor já acusara a antiga equipa executiva da FTX de falhas graves e nunca vistas na gestão corrente de milhares de milhões de dólares de fundos de clientes.

E agora, com este processo, pretende recuperar o montante alegadamente desviado ao querer reverter operações financeiras efetuadas no passado recente, como bónus em ações, transferências de fundos, ou aquisições de imóveis, elenca o jornal britânico.

Além de Bankman-Fried, o processo visa Caroline Ellison, antiga diretora de corretagem do fundo de SBF, o Alameda Research; o co-fundador da FTX Gary Wang; e Nishad Singh, co-diretor de engenharia da FTX.

O processo acusa especificamente Ellison de ter pago a si própria 22,5 milhões de dólares em remunerações extraordinárias, que mais tarde convertera em depósitos pessoais e investira numa empresa de inteligência artificial, segundo o Financial Times.

Os três executivos já se assumiram perante a justiça norte-americana como culpados de fraude, algo que SBF optou por não fazer, continuando a defender a sua inocência.

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