A inflação em Portugal desceu em abril pelo sexto mês consecutivo, com a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC), indicador que mede a inflação, a situar-se nos 5,7%. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam a primeira estimativa do gabinete.
O recuo da inflação, de 1,7 pontos percentuais em relação a março, é, em parte, explicado “pelo efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em abril de 2022”.
Mais concretamente, “a variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para -12,7% (-4,4% no mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 14,1% (19,3% no mês anterior)”.
O gabinete estatístico destaca que “a grande maioria dos preços considerados no apuramento do IPC de abril foram recolhidos antes da entrada em vigor da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais, pelo que os eventuais efeitos desta medida só terão efetivamente impacto no IPC em maio”.
Quanto ao indicador de inflação subjacente - que exclui a energia e os bens alimentares não transformados, com preços mais voláteis -, este também desceu, tendo registado uma variação de 6,6% (7% em março).
O INE indica ainda que a variação mensal do IPC foi 0,6% (1,7% em março e 2,2% em abril de 2022). Já a variação média dos últimos doze meses foi 8,6% (8,7% em março).
Por último, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, indicador que permite a comparação com outros países europeus, apresentou uma variação homóloga de 6,9%, 1,1 pontos percentuais abaixo do registado em março.
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