Economia

Inflação recua para 5,7% em abril

Inflação recua para 5,7% em abril
José Fernandes

A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor baixou 1,7 pontos percentuais em abril face a março, indica a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística, publicada esta sexta-feira. INE alerta que medida do IVA zero em 44 bens alimentares só terá impacto na inflação de maio, porque preços de abril foram recolhidos antes da sua entrada em vigor

A inflação em Portugal voltou a recuar em abril, para os 5,7%, indica a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicada esta sexta-feira. Este valor compara com 7,4% em março, traduzindo o sexto mês consecutivo de descida da inflação no país.

Recorde-se que este mês de abril fica marcado pela entrada em vigor, em meados do mês, do IVA zero em 44 produtos alimentares. Contudo, o INE alerta que “os eventuais efeitos desta medida só terão efetivamente impacto no Índice de Preços no Consumidor (IPC) em maio”.

Isto porque “a grande maioria dos preços considerados no apuramento do IPC de abril foram recolhidos antes da entrada em vigor da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”, explica a autoridade estatística nacional.

O que explica, então, esta descida da inflação em abril? “Esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em abril de 2022”, indica o INE.

Sinal disso, os preços dos produtos energéticos caíram 12,7% em abril em termos homólogos, intensificando a queda de 4,4% registada em março.

Já os preços dos produtos alimentares não transformados continuaram a subir, mas desaceleraram, com uma variação homóloga de 14,1% em abril, o que compara com um aumento de 19,3% em março.

Nota ainda para o indicador de inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, que têm preços mais voláteis) que terá registado uma variação homóloga de 6,6%, segundo a estimativa rápida do INE.

Este valor compara com 7% em março e traduz o segundo mês consecutivo de redução deste indicador em Portugal.

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