Expansão da GGND até 2027 deverá levar gás natural a mais sete concelhos do país
Javier Zayas Photography / Getty Images
O maior grupo de distribuição de gás natural em Portugal, a GGND, tem no seu plano até 2027 o alargamento da rede de gás a sete concelhos, ligando 72 clientes industriais e mais de 7 mil domésticos
A GGND, grupo concessionário de distribuição de gás natural em Portugal que pertencia à Galp e é desde o ano passado controlado pela seguradora Allianz, prevê no seu plano de investimento de 2023 a 2027 a expansão da rede de gás, alargando-a a sete novos concelhos, a somar aos 102 concelhos já servidos pelas suas subsidiárias.
Num encontro com a imprensa realizado esta quinta-feira em Lisboa, a GGND indicou que a concretização dessa expansão (que está dependente de aprovação do Estado, enquanto concedente) permitirá levar o gás natural a várias dezenas de clientes industriais.
Com esta expansão, num total de 262,7 quilómetros de nova rede, poderão ser abrangidos 72 clientes industriais e 7284 domésticos através das várias distribuidoras regionais do grupo GGND.
Em causa está o alargamento da rede à Chamusca (por via da distribuidora regional Tagusgás), a Mira (pela Lusitaniagás), bem como Oliveira de Frades, São Pedro do Sul, Vouzela, Sátão e Tarouca (nestes casos através da Beiragás).
No encontro com a imprensa, o presidente executivo (CEO) da GGND, Gabriel Sousa, estimou que a adoção do gás natural permitirá aos clientes domésticos economizar cerca de 200 euros por ano face à alternativa do gás de botija.
Em declarações aos jornalistas, Gabriel Sousa reconheceu que o regulador da energia tem adotado posições de cautela quanto a novos investimentos em infraestruturas de gás, mas notou que isso não tem impedido a expansão da rede.
"Não temos tido entraves na expansão", observou o gestor, defendendo a necessidade de continuar a apostar na rede de gás natural, descarbonizando-a, em paralelo com a eletrificação de consumos com base em fontes renováveis..
Na mesma ocasião Gabriel Sousa também defendeu uma aceleração do investimento em projetos de gases renováveis, em especial de biometano, cuja implementação poderá ser mais rápida do que a dos projetos de hidrogénio verde.
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