A taxa de inflação homóloga na zona euro acelerou para 5,9% em fevereiro, e não 5,8% como apontavam as primeiras estimativas do Eurostat. É, tal como estava previsto, um novo máximo histórico.
“A inflação anual da zona euro foi 5,9% em fevereiro de 2022, contra 5,1% em janeiro”, lê-se na nota do gabinete estatístico europeu. Em fevereiro de 2021 o aumento foi de 0,9%.
Já na União Europeia (UE) a inflação fixou-se em 6,2%, contra 5,6% em janeiro. No mesmo mês do ano passado a taxa registada foi de 1,3%.
Novamente, é a energia o componente que tem a taxa de inflação mais elevada (32%, que compara com 28,8% em janeiro). Segue-se a alimentação, álcool e tabaco (4,2%, face a 3,5% no mês anterior), bens industriais não energéticos (3,1%, face a 2,1% em janeiro) e serviços (2,5%, face a 2,3%).
Portugal tem segunda taxa de inflação mais baixa
Entre os países da zona euro, França viu a sua taxa de inflação revista em alta para 4,2% e Malta revista em baixa, também para 4,2%. Estes dois países tiveram a taxa de inflação mais baixa da zona euro e da União Europeia.
Segue-se a Finlândia, Suécia e Portugal, os três com uma taxa de inflação de 4,4%.
De recordar que, o Instituto Nacional de Estatística confirmou que a inflação se fixou em 4,2% em fevereiro, mas a taxa do Eurostat diz respeito ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor – indicador de inflação que se usa para comparar os países da UE.
Quanto à taxa de inflação mais elevada esta encontra-se, novamente, na Lituânia (14%), seguida pela Estónia (11,6%) e depois pela República Checa (10%).
A escalada de preços está a levar os banqueiros centrais a apertarem a política monetária. Esta quarta-feira, a Reserva Federal norte-americana aumentou a taxa de juro e anunciou mais seis subidas este ano. O Banco Central Europeu já anunciou o fim da compra de dívida e que a subida das taxas de juro está a caminho.
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