Economia

Centeno vai à AR esta quinta após entrevista televisiva sobre o Novo Banco

Centeno vai à AR esta quinta após entrevista televisiva sobre o Novo Banco
TIAGO PETINGA/Lusa

Antes de prestar esclarecimentos aos deputados, o ministro das Finanças dá uma entrevista à RTP sobre a injeção no Novo Banco

Centeno vai à AR esta quinta após entrevista televisiva sobre o Novo Banco

Diogo Cavaleiro

Jornalista

O ministro das Finanças, Mário Centeno, vai ao Parlamento esta quinta-feira, 7 de março, dar explicações sobre a nova injeção no Novo Banco, que poderá custar um máximo de 850 milhões de euros aos contribuintes.

A reunião da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública ocorre após o plenário, portanto perto das 17h, segundo a calendarização no site oficial do Parlamento. A presidente desta comissão, a social-democrata Teresa Leal Coelho, comentou ao “Jornal Económico” que a audição se deve aos pedidos de audição a Centeno, que foram feitos com urgência por parte do PSD e do CDS.

A audição parlamentar de Mário Centeno acontece um dia depois de uma entrevista à RTP. “O Estado vai ter que injetar mais dinheiro no Novo Banco. Afinal o que é se passa na banca portuguesa?” é a resposta que o ministro tem de dar na Grande Entrevista esta quarta-feira, pelas 23h.

O Novo Banco, resultante da intervenção do Banco Espírito Santo, apresentou prejuízos de 1,413 milhões de euros no exercício de 2018, período pelo qual teve de pedir 1,149 milhões de euros ao Fundo de Resolução, o veículo que funciona junto do Banco de Portugal e que vive de contribuições da banca. Como não tem recursos próprios, o Fundo de Resolução pedirá um empréstimo num máximo de 850 milhões de euros ao Estado. O que não terá implicações no défice orçamental de relevo, segundo afirmou o Ministério das Finanças. Contudo, tanto o PSD como o CDS pediram audições urgentes a Mário Centeno.

A colocação de dinheiro pelo Fundo de Resolução deve-se ao comportamento dos ativos que estão cobertos por um sistema de compensação, criado em 2017, e também ao seu efeito nos rácios de capital. Um mecanismo que é acompanhado por uma comissão que perdeu um elemento na semana passada e que terá ainda de ser validado pela Oliver Wyman para confirmar os valores a colocar.

Esta audição será uma possibilidade de explicar também o que está em causa na auditoria que considera indispensável que se realize aos créditos concedidos e que estão nesse mecanismo. Ainda esta quarta-feira o jornal “Eco” escreve que há um diferendo entre aquilo que foi pedido por Centeno - auditoria à concessão de créditos, portanto, durante a presidência de Ricardo Salgado - e aquilo que o Presidente da República disse ser necessário - uma auditoria ao pós-resolução, após a saída do banqueiro.

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