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Cinema

Robert Redford (1936-2025): o adeus de um príncipe que nunca quis ser só um “menino bonito”

Em "Downhill Racer", de 1969
Em "Downhill Racer", de 1969
Ernst Haas

Príncipe da época dourada do cinema americano, os anos 70, Robert Redford foi também uma estrela para todas as épocas. Criou o Festival Sundance, ganhou o Óscar como realizador e nunca se acomodou. A sua morte, aos 89 anos, é mais um marco no fim de uma era

Para lá do galã habitava um ator. Robert Redford, que esta terça-feira morreu aos 89 anos, nunca foi de métodos ou do chamado trabalho de composição: era um “natural”, um intérprete de carisma, alguém que fez mais pelo “underacting”, o trabalho de subtileza, do que muitos imaginam. O seu legado está em interpretações inesquecíveis nas quais prevalece uma serenidade majestosa. Um artista que com pouco fazia muito, um corpo e uma presença que marcavam. Tal como os grandes de Hollywood, bastava estar lá.

Além da sua cinegenia estava, também, o cineasta, vencedor de Óscares (melhor filme e realização) em 1981 por “Gente Vulgar”, drama subtilíssimo que hoje nunca seria produzido por uma “major”, e outras pérolas (há que olhar agora com outros olhos para esse fora de série “O Encantador de Cavalos”, de 1998, obra que fez de Scarlett Johansson um nome em Hollywood), daquelas que já davam uma bela retrospetiva num festival de bom gosto

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