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Aí está “Barbie”, de Greta Gerwig, fusão sui generis de cinema e marketing, contra a chatice dos estereótipos perfeitos

Aí está “Barbie”, de Greta Gerwig, fusão sui generis de cinema e marketing, contra a chatice dos estereótipos perfeitos
Produção de encher o olho com paleta tutti-frutti, entradas generosas pelo musical e Margot Robbie secundada por Ryan Gosling à cabeça do elenco, este é o filme em que a realizadora de “Lady Bird” e “Mulherzinhas” entra em definitivo pelo mainstream, provocando curto-circuitos que, a nível artístico e político, pretendem humanizar a boneca

“Barbie” vai ser recebido com uma aura de pasmo e de curiosidade que não está isenta da gigantesca campanha de promoção que o antecipou nos últimos meses. É a aposta da Warner contra o blockbuster concorrente “Oppenheimer”, da Universal, estreiam-se ambos por cá, como no resto do mundo, na mesma semana, num momento em que um terceiro trepador de bilheteiras, “Missão: Impossível — Ajuste de Contas: Parte 1”, já começou a desbravar caminho.

Ninguém se convença que há aqui coincidências ou desacertos (ainda mais sabendo que Christopher Nolan foi desde sempre um 'ativo' da Warner que agora mudou de equipa), a manobra – terão que me provar o contrário - é mais que concertada, com a indústria apostada em encher as salas e em levantar os rabos mandriões dos sofás do streaming. Tanto assim é que nada há de inocente no dito “fenómeno Barbenheimer”, manobra de marketing que tomou num ápice conta de tudo o que é rede social, vendendo em simultâneo dois 'produtos' que, na verdade, são um para o outro como a água para o azeite.

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