A nova ministra da Cultura não perdeu tempo e anunciou esta terça-feira os nomes dos novos responsáveis pela área do património nacional. Dalila Rodrigues tira o atual diretor da Museus e Monumentos de Portugal (MMP), substituindo-o por Alexandre Nobre Pais, até agora no Museu Nacional do Azulejo.
Depois de o investigador e ex-diretor do Museu de Évora, António Camões Gouveia, ter assumido ter sido sondado para o mesmo cargo, é oficialmente revelado o nome do novo responsável para gestão dos 38 museus, monumentos e palácios tutelados pelo Ministério da Cultura. Para trás fica a escolha de alguém claramente defensor das restituições de bens culturais aos países originários, como as ex-colónias portuguesas.
Há três dias, em Viseu, Dalila Rodrigues disse ser “natural” que se substituam pessoas, adequando os perfis às novas orientações políticas e avançou que as mudanças seriam conhecidas em breve. E cumpriu a palavra.
Nesta dança de cadeiras, Pedro Sobrado regressa ao Porto e será nomeado presidente do conselho de administração do Teatro Nacional de São João, reassumindo o lugar deixado vago em outubro de 2023, justamente para iniciar funções na MMP.
No comunicado divulgado ao início da tarde desta terça-feira, o ministério informa ainda que no Património Cultural, o investigador João Soalheiro sucede a João Carlos Santos, que se encontrava designado em regime de substituição e ficou marcado pela recente autorização da saída de Portugal da “Descida da cruz”, obra-prima de Domingos Sequeira, quando desempenhava as funções de diretor-geral do Património Cultural.
Cessa também funções a vice-presidente do instituto, Laura Castro, a qual se encontrava igualmente designada em regime de substituição. Margarida Donas Botto, será a nova diretora do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, vago desde que a própria Dalila Rodrigues tomou posse como ministra da Cultura a 2 de abril de 2024.
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