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Feminista e contemporâneo, o último livro de Gabriel García Márquez é um derradeiro esforço “para continuar contra ventos e marés”

Gabriel Garcia Márquez
Gabriel Garcia Márquez
Paco Junquera/Getty Images

No dia em que faria 97 anos, é esta quarta-feira lançada mundialmente a única obra do acervo do Nobel colombiano que se mantinha inédita. “Vemo-nos em Agosto”, que Gabriel García Márquez nunca chegou a considerar pronta para publicação, surge agora por decisão dos filhos, Gonzalo e Rodrigo. Para eles, o facto de o pai não ter destruído a novela é sinal de que almejava a sua publicação

Poderia chamar-se ‘crónica de um romance anunciado’ se com isso não se estivesse a roubar o título a um outro livro escrito por Gabriel García Márquez em 1981. Mas, de facto, é disso que se trata. Do lançamento anunciado, e concretizado, de um romance inédito do autor colombiano. “Vemo-nos em Agosto” fica esta quarta-feira disponível numa vintena de países - em Portugal com tradução de J. Teixeira de Aguilar para a “D. Quixote” - e numa variedade de línguas, ou não fosse 6 de março o dia em que Gabo faria 97 anos e 2024 o ano em que se assinala uma década sobre a sua partida.

O romance – na verdade uma novela – constava do acervo de García Márquez depositado no Harry Ransom Center da Universidade do Texas, em Austin. Como revelou Gonzalo García Barcha, um dos filhos, na conferência de imprensa transmitida em streaming na tarde de terça desde o Instituto Cervantes de Madrid, o facto de o livro não publicado ali estar era há anos um um pseudo-segredo. Vários investigadores e pessoas interessadas na obra do escritor sabiam da sua existência e muitos já o tinham lido. Para a família era até possível rastrear na memória o momento em que, muito antes de o ter começado a redigir, ele referira a ideia para o enredo.

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