Corria o ano de 1983 quando, a 25 de maio, Zeca Afonso subiu ao palco do Coliseu do Porto. Os bilhetes, a pedido do cantor de intervenção, custavam 500 escudos (dois euros e meio). Aquele concerto, esgotado e onde se apresentou rodeado de amigos, foi o seu último.
Quatro décadas depois, a emblemática sala de espetáculos da Invicta recebe, no dia 29 de junho, um espetáculo de homenagem ao autor de “Grândola, Vila Morena”, música que há 50 anos passou na Rádio Renascença e serviu como a segunda senha para anunciar que a Revolução dos Cravos estava em marcha.
“Quisemos evocar esse último concerto, com a grandeza que teve, através de um espetáculo com gente que esteve presente na altura e trazendo artistas contemporâneos para revisitar o cancioneiro do Zeca. É um espetáculo no qual apostamos muito pela dimensão que José Afonso teve na música e na vida portuguesa”, explica Miguel Guedes ao Expresso, desvelando a temporada de 2024, a primeira pensada de raiz desde que assumiu o cargo de presidente do Coliseu do Porto há pouco mais de um ano.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: amcorreia@expresso.impresa.pt