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Cultura

“A ferida que o colonialismo abriu no Brasil está aberta, dói”: João Fernandes, diretor artístico do Instituto Moreira Salles

“A ferida que o colonialismo abriu no Brasil está aberta, dói”: João Fernandes, diretor artístico do Instituto Moreira Salles
NUNO BOTELHO

Esteve à frente de Serralves e na direção do Reina Sofia, mas é no Instituto Moreira Salles, em São Paulo, que João Fernandes sente maior liberdade. Descobriu um Brasil imprevisto, reivindicativo e moderno, confrontado diariamente com um passado colonial de que não se soube libertar. Chegou no governo de Jair Bolsonaro e ficará durante o Executivo de Lula da Silva. Agora, acredita, é preciso descolonizar Portugal

“A ferida que o colonialismo abriu no Brasil está aberta, dói”: João Fernandes, diretor artístico do Instituto Moreira Salles

Nuno Botelho

Fotojornalista

Ativista em cada resposta que dá, João Fernandes, encontrou no Brasil terreno fértil para defender as causas em que acredita. Causas que passam pelo acesso à cultura e à arte de todas as camadas da população, uma tarefa hercúlea num país que tem muitos países dentro e onde a segregação e a desigualdade são ainda dominantes.

Esteve em Portugal para participar de uma conferência sobre a independência do Brasil e a conversa do Expresso com este curador, programador e diretor de museus e instituições culturais e artísticas é interminável. Uma conversa que deixa pontas soltas, que nos levam a outras geografias e áreas, porque para João Fernandes não há fronteiras entre música, fotografia, artes visuais, tudo se cruza, assim como centro e periferias fazem parte de um mesmo universo, mais amplo e inclusivo.

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